Um jogo impróprio para cardíacos. O Chelsea sabia que a deslocação a Camp Nou era difícil, que dar espaço ao Barcelona era ‘a morte do artista’. Por isso, a melhor arma era mesmo a defesa. E Di Matteo meteu todos os jogadores bem junto a Petr Cech, fazendo lembrar o Inter de Mourinho, campeão há dois anos, quando defendia a vantagem da primeira mão. E empatou 2-2, carimbando um lugar na final em Munique.

Os catalães fizeram o que lhes competia: atacar, atacar e atacar. E aos 34 minutos, a muralha inglesa cedeu. Cuenca com um passe perfeito para Busquets e o defesa a apenas encostar. Eliminatória empatada e o Barça ‘carregava’.

Por isso, ‘água mole em pedra dura tanto bate até que fura’ e lá surgiu o segundo golo. Messi levou a bola até à entrada da área, depois de servido por Busquets, e deu para Iniesta bater para o segundo golo e colocar-se em vantagem para Munique.

Pouco depois, o Chelsea sofria um revés. Perdia um dos seus homens, para mais o capitão. Uma falta infantil de Terry levou-o mais cedo para o balneário, com um cartão vermelho direto. Se a batalha já era difícil, muitos devem ter pensado que a guerra se perdera ali. Puro engano.

Já em tempos de desconto da primeira parte, Lampard lançou a gazela Ramires, que correu, fez um chapéu perfeito a Valdés e colocou os Blues em vantagem.

De volta do descanso, não deu tempo para o Chelsea respirar de alivio. A armada catalã entrou com tudo e Drogba deu ‘uma ajuda’. Falta na grande área do costa-marfinense e Messi, ele que raramente falha, chamado a cobrar o penalti. Valeu ao Chelsea a trave e um dia não do argentino.

A toada mortífera dos blaugrana continuou, mas sem frutos. Di Matteo montou bem o esquema e aproveitou uma motivação gigante do seu coletivo. Messi ainda marcou, mas foi assinalado fora de jogo.

Quando nada fazia prever e já mesmo no final, Torres, El Niño, deu o melhor seguimento a um contra-ataque, depois de um mau passe do Barça, e fez o 2-2, colocando o Chelsea na final, onde agora terá pela frente Real Madrid ou Bayern de Munique.

O Chelsea não chegava a uma final desde a época 2007/08, quando perdeu nas grandes penalidades com o Manchester United. Já o Barcelona, dois anos depois, volta a ficar de fora da luta pelo título de campeão europeu, de que é detentor.