O Real Madrid ‘inicia’ quarta-feira, na receção aos italianos do Nápoles, a corrida à revalidação do título de campeão europeu de futebol, o que nenhuma equipa consegue desde o AC Milan, em 1990.

Segundo do Grupo F, depois do Borussia Dormund, adversário do Benfica, que ficou precisamente atrás dos napolitanos, o conjunto ‘merengue’ tenta ser o primeiro, na ‘era Champions’ (desde 1992/93), a vencer a prova duas vezes seguidas.

A formação madrilena está entre as que falhou, em 1998/99 (quartos de final) e 2000/01, 2002/03 e 2014/15 (‘meias’), mas tem agora uma quinta oportunidade, sob o comando técnico do francês Zinedine Zidane e com o ‘Bola de Ouro’ Cristiano Ronaldo como figura incontornável.

A equipa em que também alinham Pepe e Fábio Coentrão é claramente favorita, mesmo ainda não está na máxima força, nomeadamente face à prolongada ausência por lesão do galês Gareth Bale, e não tem estado muito bem nos últimos jogos.

Sem derrotas desde 19 de outubro de 2016 (1-2 no reduto da Juventus), num percurso de 18 jogos com 12 vitórias e seis empates, os napolitanos não se afiguram, porém, como um adversário acessível, até pela qualidade do seu coletivo e individualidades como Hamsik, Mertens ou Callejón.

Melhor ataque da Seria A, com 57 golos, contra 48 da Roma e 47 da Juventus, o conjunto de Maurizio Sarri vai, certamente, procurar marcar no Bernabéu, para poder sonha com o apuramento no mítico San Paolo, a 07 de março.

As duas equipas apenas se encontraram uma vez nas taças europeias, com o Real Madrid a seguir em frente, na primeira eliminatória da Taça dos Campeões de 1987/88, ao bater o Nápoles, de Maradona, por 3-1 (2-0 em casa e 1-1 fora).

Também na quarta-feira, o Bayern Munique, no qual alinha o português Renato Sanches, é anfitrião do Arsenal, numa reedição dos ‘oitavos’ de 2004/05, 2012/13 e 2013/14, que foram sempre favoráveis aos germânicos.

Os bávaros, líderes do campeonato alemão, rumo ao ‘penta’, são, de novo, claramente favoritos, sendo que contam nove apuramentos em 12 presenças nos ‘oitavos’, contra apenas cinco em 13 dos ‘gunners’, do ‘eterno’ francês Arsene Wenger.

Sob o comando do italiano Carlo Ancelotti, técnico que levou os ‘merengues’ ao título em Lisboa (2014), o Bayern venceu 10 dos últimos 11 jogos, enquanto o Arsenal vem de um triunfo sobre o Hull City, com um ‘bis’ do chileno Alexis Sánchez, após dois desaires.

Na terça-feira, os oitavos de final arrancam com o embate mais esperado da ronda, entre o FC Barcelona e Paris Saint-Germain, que, sem Gonçalo Guedes (representou o Benfica na fase de grupos), joga em casa na primeira mão.

O ‘Barça’, que afastou os parisienses nos quartos de final em 2012/13 e 2014/15, parte como claro favorito, numa época em que procura uma 10.ª presença consecutiva nos ‘quartos’ – em 12 presenças nos ‘oitavos’, só caiu duas vezes.

O demolidor trio constituído por Messi, Suárez e Neymar, que marcaram 10 golos nos últimos quatro jogos com o clube gaulês, é a grande arma dos catalães, que, ao contrário de anos anteriores, já não terão pela frente Zlatan Ibrahimovic.

Ainda assim, o PSG, sem o castigado Thiago Motta, tem Cavani, Di Maria e agora o reforço de inverno Julian Draxler, bem como um registo perfeito nos oitavos de final, com quatro apuramentos em outras tantas presenças.

Com menos uma participação nesta fase, o Benfica também nunca caiu nos ‘oitavos’, sendo que vai agora defrontar os alemães do Borussia Dortmund, o conjunto do temível Pierre-Emerick Aubameyang e de Marco Reus.

Os germânicos venceram o seu agrupamento, superando o Real Madrid, e estabeleceram um novo recorde de golos na fase de grupos, com 21, pelo que partem na ‘frente’ para o apuramento, que se decidirá na sua casa, a 08 de março.

Ainda assim, o Benfica, que na época passada deu luta ao ‘todo-poderoso’ Bayern Munique nos ‘quartos’, terá uma palavra a dizer, agora que o veterano brasileiro Jonas parece ter recuperado o seu instinto goleador.

Depois dos quatro primeiros embates, os ‘oitavos’ regressam a 21 e 22 de fevereiro, sendo que, no último dia, o FC Porto recebe a Juventus, ao mesmo tempo que o Sevilha é anfitrião do Leicester. Na véspera, o Atlético de Madrid joga em Leverkusen e o Mónaco em Manchester, com o City.