O Real Madrid garantiu um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões de futebol, ao vencer em Londres o Chelsea por 2-0, o mesmo resultado que conseguiu na 1.ª mão no Bernabéu. Os londrinos subiram alguns patamares a nível exibicional, mas voltaram a ser perdulários. E quando se falha contra o Real Madrid, a derrota é certa. Os golos foram marcados pelo brasileiro Rodrygo Goes.
Nas meias-finais os merengues vão defrontar o vencedor do duelo entre Manchester City e Bayern Munique. Ingleses tem três golos de vantagem.
Lampard muito conservador no onze
A precisar de marcar dois golos para empatar a eliminatória, Frank Lampard montou a equipa do Chelsea num 3-5-1-1, com Kanté, Enzo Fernández e Kovacic no meio e ainda Connor Galagher no apoio a Havertz. Um onze pouco ambicioso para quem precisava de dar a volta ao resultado. No banco estavam os avançados João Félix, Sterling, Mudryk, Mason Mount e Hakim Ziyech.
Depois de um periodo de estudo mútuo, os londrinos criaram a primeira situação de golo aos 11 minutos. Lance pela direita, o lado mais produtivo do Chelsea, com Havertz a disputar a bola com Alaba, esta sobrou para Kanté que, com tudo para marcar, atirou ao lado. Desespero nas bancadas e no banco dos Blues.
A resposta merengue chegou aos 19 minutos, num remate potente de Rodrygo, ao poste de Kepa, após belo trabalho sobre Chalobah, o pior elemento da defensiva londrina. Aliás a equipa de Ancelotti terminou por cima no jogo, com dois lances de muito perigo: remate forte de Modric que Kepa defendeu com dificuldades, e Vinícius Júnior a dar mal na bola aos 41 na pequena área, após grande jogada na direita.
No entanto, a melhor oportunidade nos primeiros 45 minutos foi do Chelsea. Mais uma jogada criada no lado direito, com Reece James a meter na área em Cucurella, o lateral recebeu e rematou forte para uma defesa fantástica do gigante guardião do Real Madrid. Jogadores merengues festejam a defesa como se de um golo se tratasse.
Com o Real, ou matas ou morres
O Chelsea voltou com os mesmos para o segundo tempo (no Real Madrid, Alaba deu lugar a Rudigger que regressou ao seu antigo clube), determinado em dar a volta ao texto. Kanté voltou a ter soberana oportunidade aos 52, após mau corte de Eder Militão, mas rematou contra um defensor. No minuto seguinte é Courtois a negar o golo a Havertz.
Ora diante do Real Madrid, falhar golos cantados é sinónimo de derrota. Porque o Senhor Champions não perdoa nada. Minuto 58, 1-0. Chelsea a pressionar alto mas com a defesa muito aberta, Cucurella é atraído pelo movimento de Valverde, a bola entra nas suas costas em Rodrygo que ganha a Chalobah na velocidade. O jovem brasileiro meteu na pequena área em Benzema, que falhou a receção, mas a bola foi ter com Vini Jr que devolveu ao próprio Rodrygo para o 1-0. Tudo fácil. O Real Madrid marcava no melhor período do Chelsea.
Frank Lampard foi reativo em vez de ativo e, a perder, meteu mais gente na frente, com as entradas de João Félix, Raheem Sterling e Mykhailo Mudryk, nos postos de Enzo Fernández, Cucurella e Conor Gallagher, aos 67 minutos. Enzo até estava a ser dos melhores, tal como Cucurrella. Chalobah, que meteu muita água e teve culpas no golo, continuava em campo. Mason Mount foi a última aposta de Frank Lampard no lugar do desgastado Kai Havertz.
Mas o Chelsea já estava morto, descrente, sem ideias, rendido às evidências: a eliminação era inevitável. E a confirmação chegou com o 2-0, de Rodrgyo aos 80 minutos, a encostar com toda a serenidade para o fundo das redes, num lance onde 90 por cento do golo é de Fede Valverde.
Cinco minutos antes, Vini Jr tinha falhado o 2-0, num lance onde apareceu isolado, atrapalhou-se com a bola e permitiu o corte de um defensor.
Fica um Chelsea que melhorou a nível exibicional em relação aos últimos jogos mas que, tal como na época passada, voltou a ser perdulário frente a um Real Madrid que aproveita tudo.
O Real Madrid fica agora à espera de saber qual será o seu adversário nas meias-finais da liga milionária. O oponente sairá do duelo entre Bayern Munique e Mancgester City. Os ingleses têm uma vantagem de 3-0, conseguido na 1.ª mão em casa.
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