O Benfica precisa de vencer ou, no mínimo, de pontuar terça-feira em Atenas, face ao Olympiacos, para não ver morrer de forma prematura o sonho de jogar em casa a final da Liga dos Campeões em futebol.

No terceiro posto após três rondas, o conjunto de Jorge Jesus vai disputar uma “autêntica” final com os gregos, já que um desaire significará, com toda a certeza, o adeus à “Champions”, que tem a final de 2013/2014 marcada para o Estádio da Luz.

Os “encarnados” somam os mesmos quatro pontos do conjunto grego, mas, perdendo, ficam três pontos atrás e com desvantagem no confronto direto, pelo que bastaria à equipa dos ex-benfiquistas Roberto e Saviola vencer em casa o Anderlecht, que goleou em Bruxelas por 4-0.

Depois do empate a um na Luz, onde o Benfica foi “resgatado” perto do final (83 minutos) por um golo do paraguaio Óscar Cardozo, depois de o argentino Alejandro Dominguez ter dado vantagem aos forasteiros (29), uma nova igualdade deixará tudo em aberto, sobretudo de for pelos mesmos números.

Como o confronto direto é o primeiro fator de desempate e os golos fora contam, um “nulo” deixará os helénicos em vantagem, enquanto o Benfica ascenderá a segundo caso consiga um empate a dois ou mais golos.

Se vencer, então o Benfica dará um passo de “gigante” para marcar presença nos oitavos de final, já que terá três pontos à maior e vantagem em caso se igualdade pontual: seria preciso apenas ganhar em Bruxelas.

Certo é que o apuramento será uma luta exclusiva entre portugueses e gregos, já que o Paris Saint-Germain está, praticamente, apurado – pode mesmos selar o “passaporte” na terça-feira - e o Anderlecht, que visita a “Cidade Luz”, permanece em “branco” e praticamente sem hipóteses de seguir em frente.

A formação de Jorge Jesus chega moralizada, pelo triunfo por 3-0 na visita à Académica, com mais um tento de Cardozo e a reaparição, a marcar, do jovem sérvio Markovic, e a aproximação ao líder FC Porto, “empatado” no Restelo.

O Benfica conseguiu um triunfo confortável, num local onde havia empatado nas duas últimas décadas, e, mais do que isso, deu sinais de alguma retoma, mostrando que, afinal, a equipa que encantou na época passada ainda está “viva”.

Quanto ao “onze”, Markovic poderá estar de regresso, em troca direta com Ivan Cavaleiro ou substituindo Lima, o que implicaria a passagem de Gaitan para o meio, atuando nas costas do “obrigatório” Cardozo.

Na defesa, André Almeida também poderá voltar à equipa titular, ou para a direita, substituindo Maxi Pereira, ou para a esquerda, se Siqueira não estiver totalmente recuperado da lesão sofrida no jogo do campeonato com o Nacional.

Quanto ao meio-campo, Matic e Enzo Perez deram mostras em Coimbra de estar a caminho da forma que os consagrou na época passada e parecem “intocáveis”.

Desta forma, o “onze” poderá ser formado por André Almeida, Luisão, Garay e Siqueira, à frente de Artur, dois médios centrais (Matic e Enzo Matic), os “miúdos” Ivan Cavaleiro e Markovic nos extremos e Gaitan nas costas de Cardozo.

A exemplo do Benfica, o Olympiacos também viveu um fim de semana positivo no campeonato interno, ao vencer fora o rival Panathinaikos por 1-0, graças a um golo de Mitroglou a acabar, mantendo-se, assim, na liderança, três pontos à frente do PAOK.