O Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) vai analisar em 11 e 12 de julho o litígio entre UEFA e promotores da Superliga, uma prova constituída por alguns dos principais clubes europeus, cujo anúncio abalou o futebol.

“A UEFA confirma ter sido notificada [pelo órgão judicial europeu] e que a audiência sobre este processo ocorrerá em 11 e 12 de julho”, revelou hoje um porta-voz do organismo regulador do futebol na Europa à AFP.

Em resposta à solicitação da justiça espanhola, o tribunal europeu avaliará se a UEFA abusou da “posição dominante” que detém na estrutura da modalidade, quando pretendeu sancionar os clubes envolvidos na criação da nova competição, que rivalizaria com a Liga dos Campeões.

O órgão de justiça da UE tomará também uma decisão sobre a adequação à legislação europeia da Superliga, cujo modelo competitivo confronta a lógica do futebol continental, assente no primado das instituições e no regime aberto, alicerçado no princípio da promoção e despromoção com base no mérito desportivo.

Há perto de um mês, o presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, defendeu que o organismo a que preside não infringe as regras da concorrência na Europa, na medida em que “ninguém está obrigado a disputar as competições” e que “nenhuma federação é obrigada a ser membro da UEFA”.

“Estão no pleno direito de criarem a sua própria UEFA e de disputarem a sua própria competição. Mas é claro, se disputarem uma outra competição, não podem disputar a nossa”, sublinhou o dirigente, estimando que o projeto de uma Superliga está acabado, “pelo menos, por 20 anos”.

O dirigente máximo do futebol europeu comentou o fiasco da criação da Superliga, anunciada em 18 de abril de 2021, que desabou poucos dias depois, com a desistência da maioria dos clubes fundadores, mas que continua a ser defendida por Real Madrid, FC Barcelona e Juventus.

Na base da constituição do projeto estavam também Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham, Atlético de Madrid, AC Milan e Inter Milão, que acabaram por recuar, depois de terem sido fortemente pressionados por adeptos, dirigentes desportivos e políticos.

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