A UEFA abriu hoje um inquérito disciplinar ao treinador do Arsenal, Arséne Wenger, por comentários dirigidos ao árbitro esloveno Damir Skomina, após a partida de terça-feira, frente ao AC Milan, para a Liga dos Campeões de futebol.

O organismo máximo do futebol europeu fez saber que Wenger enfrenta uma acusação de conduta imprópria e que será ouvido em audiência, em data a definir. A Comissão Disciplinar tem uma reunião agendada para o próximo dia 29 de março.

O treinador do Arsenal acusou o árbitro esloveno de ter “premiado” o AC Milan com muitos livres durante a partida que o Arsenal venceu por 3-0, tendo sido apanhado, no final da partida, pelas imagens televisivas, em acalorada discussão com os árbitros assistentes.

O Arsenal foi eliminado na terça-feira pelo AC Milan, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, depois de ter vencido por 3-0 no Estádio dos Emirates, resultado insuficiente para seguir em frente na prova, visto que a equipa italiana vencera em San Siro por 4-0.

Wenger já tinha sido considerado culpado de uma acusação semelhante por parte da UEFA, na época passada, quando o Arsenal foi eliminado pelo FC Barcelona, igualmente nos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Nessa altura, Wenger contestou a expulsão do holandês Robin Van Persie, pelo suíço Massimo Busacca, ao exibir-lhe um segundo cartão amarelo no início da segunda parte do segundo jogo em Camp Nou, por ter chutado à baliza catalã já depois do árbitro ter apitado.

Van Persie contestou a decisão, alegando que não ouvira o apito por causa do ambiente ruidoso que vinha das bancadas, mas Busacca não voltou atrás e o FC Barcelona acabou por vencer por 3-1 e seguir em frente na prova, depois de ter perdido na primeira mão, em Londres, por 2-1.

O treinador do Arsenal acabou por cumprir o castigo no jogo da primeira mão do “play-off” da Liga dos Campeões, frente à Udinese, de Itália, já esta época, mas incorreu em nova sanção ao quebrar as regras por ter comunicado com os seus adjuntos do lugar onde assistiu à partida, na bancada.