A decisão sobre a presença de público na fase final da Liga dos Campeões de futebol, em Lisboa, deve ser conhecida até 10 de julho, segundo o presidente da UEFA, que aguarda parecer das autoridades portuguesas devido à covid-19.
"Estamos em contacto estreito com as autoridades portuguesas [Liga dos Campeões] e alemãs [Liga Europa] e, na terça-feira, falei pessoalmente com o primeiro-ministro português. Seguiremos as recomendações das respetivas autoridades e tomaremos uma decisão, muito provavelmente, antes do sorteio de 10 de julho", afirmou em entrevista à agência de notícias espanhola EFE Aleksander Ceferin.
O dirigente esloveno realçou que "gostaria que os adeptos estivessem presentes" nos jogos relativos às duas competições da UEFA, mas sublinhou que a segurança dos envolvidos nestes jogos da ‘Champions' não vai ser comprometida, "por muito triste que seja jogar a partida mais importante do futebol de clubes num estádio vazio".
Ceferin disse também que "esteve claro que seriam Portugal, Alemanha e Espanha [Liga dos Campeões feminina] desde o início do processo" os países onde teriam lugar as competições europeias de clubes.
E reafirmou que não é necessário contemplar alternativas para as partidas da fase final da ‘liga milionária' em Lisboa, apesar dos novos focos da pandemia do novo coronavírus na capital portuguesa.
"Não temos um plano B porque estamos convencidos que será possível organizar a final a oito da ‘Champions' em Lisboa, a final a oito da Liga Europa na Alemanha, e a Liga dos Campeões feminina em Espanha", vincou Ceferin.
Em 17 de junho, a UEFA anunciou que a Liga dos Campeões, suspensa em março devido à pandemia de covid-19, seria definida através de uma inédita ‘final a oito' a realizar em campos neutros, em Lisboa, nos estádios da Luz (Benfica) e José Alvalade (Sporting), entre 12 e 23 de agosto.
Os jogos dos quartos de final terão lugar entre 12 e 15 de agosto, enquanto as meias-finais realizar-se-ão em 18 e 19, e a final em 23.
As eliminatórias da ‘final a oito' serão decididas em apenas uma partida, ao contrário das habituais duas mãos, sendo que, até ao momento, já se apuraram para os ‘quartos' Atalanta, Leipzig, Atlético de Madrid - que eliminou o campeão europeu em título, Liverpool - e Paris Saint-Germain.
Com a paragem da competição, ficaram por decidir quatro embates da segunda mão dos oitavos de final da ‘Champions': Manchester City-Real Madrid (2-1, na primeira mão), Juventus-Lyon (0-1), Bayern de Munique-Chelsea (3-0) e FC Barcelona-Nápoles (1-1).
Caso estas quatro partidas, agendadas para 07 e 08 de agosto, não se possam realizar nos países para os quais estavam inicialmente marcadas, devido à pandemia de covid-19, serão disputadas em Portugal, mais concretamente nos estádios do Dragão, no Porto, e D. Afonso Henriques, em Guimarães.
"Decidiremos antes do sorteio [de 10 de julho]. Mas vai depender, principalmente, da autorização das autoridades locais e das restrições de viagens entre os países das equipas participantes", destacou hoje Ceferin.
O calendário da ‘final a oito' da Liga Europa, marcada para a cidades de Colónia, Duisburgo, Dusseldorf e Gelsenkirchen, na Alemanha, está definido que os quartos de final jogar-se-ão em 10 e 11 de agosto, as meias-finais em 16 e 17, e a final em 21.
Os desafios em falta dos oitavos de final terão lugar em 05 e 06 de agosto.
Devido à suspensão das provas, ficou por decidir a segunda mão dos jogos LASK-Manchester United (0-5, na primeira mão), Eintracht Frankfurt-Basileia (0-3), Basaksehir-Copenhaga (1-0), Wolfsburgo-Shakhtar Donetsk (1-2), Olympiacos-Wolverhampton (1-1) e Rangers-Bayer Leverkusen (1-3).
Já as eliminatórias entre Inter de Milão e Getafe, e entre Sevilha e Roma, cuja primeira mão não foi realizada, devido à crise mundial de saúde pública, serão decididos em apenas um jogo, em local a confirmar.
Por seu turno, a fase final da ‘Champions' feminina vai ter as cidades bascas de Bilbao e San Sebastián, em Espanha, como palco, estando Barcelona, também em Espanha, apontada como destino para a Liga de Campeões de futsal.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 511 mil mortos e infetou mais de 10,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.579 pessoas das 42.454 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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