O treinador do Arsenal, Arsène Wenger, comparou hoje a UEFA a uma «ditadura» e disse que o organismo devia pedir desculpa pela expulsão de Van Persie frente ao FC Barcelona, na Liga dos Campeões de futebol.
Na sequência dos protestos no final do encontro da segunda “mão” dos oitavos de final da “Champions”, que ditou o afastamento dos “gunners” (derrota por 3-1), a UEFA instaurou um inquérito ao técnico francês e ao médio gaulês Samir Nasri.
«Todos compreendemos que se podem tomar decisões erradas, mas o que acontece depois disso é ditadura. Ultrapassa o senso comum», afirmou Wenger, citado pelas agências.
O treinador lembrou que a equipa está «fora da Liga dos Campeões e perdeu um dos grandes objectivos» e considerou que o clube foi prejudicado, questionando se «depois de tudo, ainda tem de pedir desculpa à UEFA».
«Não fizemos nada errado. Eles organizam a competição, nomeiam os árbitros para os jogos. Quando o futebol tem tal estatuto, não se pode tomar decisões destas e mostrar tanta arrogância», referiu.
Wenger disse ainda que «um pouco mais de humildade fazia bem à UEFA» e que «pedir desculpa pelo que aconteceu seria muito melhor do que acusar pessoas que não fizeram nada de errado».
O avançado holandês Robin Van Persie foi expulso aos 56 minutos, por ter rematado depois do árbitro apitar, numa altura em que o encontro estava empatado a uma bola.
O FC Barcelona, que havia perdido por 2-1 em Londres, acabou por vencer o encontro por 3-1, garantindo a qualificação para os quartos de final.
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