Perante uma equipa muito inferior e 18 103 espectadores ávidos de um triunfo que os fizesse esquecer a má performance interna, a equipa de Paulo Bento voltou a decepcionar.
E os leões quase só se podem queixar de si próprios, face à ineficácia e desacerto na hora do último passe, a frustrar muitas iniciativas leoninas. Todavia, o árbitro Aleksandar Stavrev também não esteve à altura do encontro, ao pecar em termos disciplinares e num lance onde terá ficado um penálti por assinalar sobre Saleiro, aos 84 minutos.
Paulo Bento voltou a mexer na equipa, trocando Abel, Pereirinha e Caicedo por Pedro Silva, Vukcevic e Carlos Saleiro. A aposta no jovem avançado mostrou-se mais rentável do que Caicedo e Postiga, mas até ao golo do ponta-de-lança português o Sporting gelou com um balde de água fria logo aos 15 minutos. Apesar da boa entrada na partida, os leões sofreram o tento do Ventspils contra a corrente do jogo. Zamperini aproveitou da melhor forma um livre de Laizans no flanco esquerdo para cabecear com força e colocação para o 1-0. Voltavam os fantasmas a Alvalade.
Contudo, a reacção leonina não se fez esperar. Depois de uma primeira tentativa de Vukcevic, Saleiro conseguiu encostar de cabeça para o golo, quando já só tinha o guardião letão pela frente.
A segunda parte recomeçou já sem André Marques, o alvo maior dos assobios dos adeptos até então, devido a uma actuação muito fraca. No seu lugar surgiu Angulo.
Paulo Bento ensaiou então uma nova dinâmica na equipa, mas os ‘vícios’ revelados no primeiro tempo não tinham sido ainda debelados. O Sporting manteve o ‘pressing’ com que terminou o primeiro tempo, mas sem resultados práticos. Muita transpiração, mas quase nenhuma inspiração nos jogadores de Paulo Bento, onde apenas Matías Fernández escapou à mediania.
Aliás, a melhor oportunidade da segunda parte pertenceu mesmo ao Ventspils, após um cabeceamento muito perigoso de Butriks, aos 82 minutos.
Com o apito final a aproximar-se, regressaram os assobios e lenços brancos a Alvalade. Sem surpresa, o Sporting não conseguiu resolver o encontro em que foi sempre superior e nem a habitual solução – Liedson – surgiu.
Por um lado, o empate final significa que o apuramento para os 16-avos-de-final está a um pequeno passo, mas a paz parece ainda uma miragem em Alvalade.
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