O FC Porto recebeu a Roma com uma grande dose de confiança e sobretudo esperança de poder encaminhar já a eliminatória no sentido pretendido. No entanto, repetiu-se o filme e os dragões fizeram fotocópia do que havia acontecido no último jogo do campeonato frente ao Sporting.

Na próxima quinta-feira, a formação azul e branca volta a entrar em ação no palco europeu, com a deslocação ao terreno da Roma, na partida da segunda mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga Europa.

O jogo: Lentinho e vai de carrinho

Para este encontro, Anselmi procedeu a duas alterações. Otávio voltou ao onze, relegando Zé Pedro para o banco. Enquanto isso, Gonçalo Borges foi também titular, rendendo a Pepê. Mas as apostas trouxeram sentimentos ambíguos. O extremo não conseguiu acrescentar muito no ataque e o central voltou a destapar a fragilidade que vem sendo sentida na defesa.

Uma primeira parte fraca, pouco intensa, com a formação italiana a conseguir criar os melhores lances de perigo, contrastou com um segundo tempo de recuperação, pressão e algum domínio. Os portistas ainda não conseguiram encontrar o segredo de manter o mesmo padrão (de boas exibições) ao longo dos 90 minutos, optando por começar de forma tímida encarando (da pior forma) o risco de começar a perder.

A Roma, por outro lado, apresentou-se mais destemida e determinada falhando, em grande parte, nos momentos decisivos já dentro da área portista. Uma premissa que se acentuou ainda mais após a saída precoce de Dybala por lesão.

Para além de frouxo e sem cor, o jogo assumiu ainda contornos de dureza. Na primeira parte, o árbitro já tinha mostrado cartão amarelo por seis vezes e feito outros tantos avisos.

Os italianos, quem mais fez por merecer, acabou por colher os louros já na reta final do primeiro tempo, com um golo de Zeki Celik.

À semelhança do que tinha acontecido com o Sporting, o FC Porto entrou para o segundo tempo com outra postura. Aos 67 minutos, e após uma transição rápida, Francisco Moura igualou o encontro levando o Estádio do Dragão ao rubro.

Ainda assim, o despertar do grupo de Martín Anselmi acabou por ser tardio e insuficiente para fazer a reviravolta e colocar a eliminatória a seu favor.

O momento: Empate suado

Desde o início que os dragões sentiram dificuldade em contrariar a supremacia italiana. Mesmo depois do golo da Roma, a reação do FC Porto teve que ser arrancada a ferros e com vários fatores a ajudar. Foi um ataque rápido estudado, com o guarda-redes portista a ficar bem na fotografia, que a equipa de Martín Anselmi garantiu o golo do empate e que deixou a eliminatória em aberto para o encontro que se vai realizar na próxima semana em Roma.

O melhor: Mãos largas e pé potente

Apesar de não ter feito uma exibição de encher a vista, Diogo Costa acabou por ser decisivo para o empate caseiro. O guardião, entre outros lances de perigo, aos 67 minutos, evitou o golo de Mancini com uma defesa após um pontapé de canto. E, após um outro canto, lançou, de forma verdadeiramente precisa, o ataque rápido para Pepê, no lance que deu o golo.

O pior: Apatia e confusão na defesa portista

O problema está identificado mas está a ser complexo resolver. O treinador do FC Porto mal chegou à equipa estipulou várias alterações, principalmente táticas, e implementou uma muralha de três centrais no primeiro setor. No entanto, as ideias de Anselmi parecem não estar a ser assimiladas da melhor forma e a defesa tem sido quem mais tem comprometido nos jogos dos dragões.

O que disseram os treinadores:

Martín Anselmi, treinador do FC Porto