O Benfica tem quinta-feira uma excelente ocasião para acabar uma seca de 23 anos e alcançar a sua nona final europeia de futebol, agora na Liga Europa, face a um Fenerbahçe que chega à Luz em vantagem (1-0).
Já qualificado para a final da Taça de Portugal, o “onze” de Jorge Jesus surge moralizado, após o triunfo por 2-1 no reduto do Marítimo, que colocou o título da I Liga à distância de vitórias caseiras com Estoril e Moreirense.
Apenas sem Ola John, os “encarnados beneficiam ainda de duas baixas importantes nos turcos - o médio Mehmet Topal e o avançado Pierre Webo, ambos castigados -, que podem ser três, se o internacional luso Raul Meireles não recuperar da lesão sofrida no embate da primeira mão.
Por seu lado, a formação lusa não tem o extremo holandês, suspenso, mas já pode contar com André Almeida e Enzo Perez, que estavam suspensos, e Luisão, recuperado de lesão.
Jorge Jesus deverá também promover ao “onze” o argentino Nico Gaitan - que não jogou na Madeira - e o brasileiro Lima, dois jogadores que começaram o primeiro jogo no banco, com o argentino a entrar na segunda parte.
Desta forma, o Benfica poderá mesmo apresentar o “onze de gala”, com Maxi Pereira (ou André Almeida), Luisão, Garay e Melgarejo, à frente de Artur, um meio-campo com Matic e Enzo Perez, no miolo, e Salvio e Gaitan, nos extremos, a servir os avançados Lima e Cardozo.
Esta possibilidade está em aberto, mas, com o título da I Liga por decidir, embora muito bem encaminhado, Jesus pode fazer poupanças, tendo em conta o estado físico dos jogadores e já a pensar no embate de segunda-feira com o Estoril.
Certo é que, por culpa do tento de Egemen Korkmaz, aos 72 minutos, na sequência de um canto inexistente, a vantagem é dos turcos, que foram melhores em Istambul, onde enviaram três bolos aos “ferros” - incluindo um penálti de Cristian Baroni -, contra uma do Benfica.
Na sua história, o conjunto da Luz já virou, porém, quatro eliminatórias, de 10, em que perdeu o primeiro jogo fora por 1-0 e também superou um meia-final iniciada com um desaire em reduto alheio, precisamente a última, face ao Marselha, em 1989/90, com a ajuda da célebre mão de Vata.
Em meias-finais europeias, são, aliás, excelentes os números dos “encarnados”, com oito apuramentos e quatro eliminações, incluindo as duas últimas presenças, a derradeira há dois anos, face ao Sporting de Braga.
Face a tudo isto, o Fenerbahçe “responde” com o enorme desejo de conquistar a sua primeira final europeia e dar aos seus fanáticos adeptos um troféu, numa altura em que o campeonato está praticamente perdido para o Galatasaray.
Tudo parece em aberto para o jogo da Luz, bem ao contrário do que sucede na outra eliminatória, claramente favorável ao campeão europeu Chelsea, já que, na primeira mão, os ingleses venceram em Basileia por 2-1.
Um golo madrugador do nigeriano Viktor Moses (12 minutos) e outro a acabar do brasileiro e ex-benfiquista David Luiz, de livre direto (90+4), selaram o triunfo do “onze” comandado pelo espanhol Rafa Benitez.
Pelo meio, aos 87 minutos, Fabian Schar marcou para os locais, de grande penalidade, mas a longa aventura europeia dos helvéticos, iniciada na segunda pré-eliminatória da “Champions”, parece destinada a acabar em Stamford Bridge.
Caso Benfica e Chelsea conseguiam o apuramento, reeditam no Arena de Amesterdão, na Holanda, a 15 de maio, o encontro do ano passado nos quartos de final da “Champions”, que caiu para o lado dos “bleus” (1-0 na Luz e 2-1 em casa).