O Benfica tem a possibilidade de manter quarta-feira o pleno ibérico na Liga Europa em futebol, depois de dois triunfos espanhóis e um português na prova que sucedeu à Taça UEFA depois da época 2008/2009.

Em três edições, as formações da Península Ibérica monopolizaram a prova, com o Atlético de Madrid a vencer a primeira (2009/2010) e a última (2011/2012), com um triunfo do FC Porto pelo meio (2010/2011).

Mesmo em termos de presenças em finais, a maioria é absoluta, com seis, incluindo já a do Benfica, contra duas, ambas inglesas, do Fulham, em 2009/2010, e do Chelsea, na presente edição da prova.

A primeira edição da Liga Europa acabou com o triunfo do Atlético de Madrid, que na campanha rumo à final eliminou o Sporting, nos 16avos de final, e o Liverpool - “carrasco” do Benfica, nos “quartos” - nas meias-finais.

Em Hamburgo, na Alemanha, os “merengues” marcaram primeiro, pelo uruguaio Diego Forlan, aos 32 minutos, mas, cinco volvidos, o galês Simon Davies faturou para o clube londrino e restabeleceu a igualdade.

O empate manteve-se até ao final do tempo regulamentar, mas os “colchoneros” chegaram ao triunfo no prolongamento, mais precisamente aos 116 minutos, quando Forlan “bisou”.

Na época seguinte, as equipas portuguesas dominaram por completo a segunda edição, ao colocarem três equipas nas meias-finais e conseguirem a primeira final europeia da história 100 por cento lusa.

Nas meias-finais, e no que foi o primeiro confronto de sempre na Europa entre equipas portuguesas, o Sporting de Braga eliminou o Benfica, ao vencer em casa por 1-0, com um tento de Custódio, depois de perder na Luz por 2-1.

Por seu lado, o FC Porto resolveu tudo no primeiro jogo, ao receber e arrasar os espanhóis do Villarreal por 5-1, com quatro golos do colombiano Falcao, que, em Dublin, resolveria a final com um golo aos 44 minutos, o seu 17.º na prova.

Um ano depois, Radamel Falcao Garcia Zarate voltou a ser o grande protagonista da competição, mas agora ao serviço do Atlético de Madrid, que repetiu o sucesso de 2010, num trajeto finalizado com um triunfo por 3-0 face aos compatriotas do Athletic Bilbau.

Em Bucareste, no jogo do título, o internacional colombiano decidiu o embate na primeira parte, com dois grandes golos, aos sete e 34 minutos, para, na segunda, aos 85, outro ex-portista, o brasileiro Diego, selar o 3-0 final.

Como na época anterior, as meias-finais foram 100 por cento ibéricas, com o Atlético de Madrid a eliminar outros compatriotas, o Valência, e os bascos a afastarem o Sporting, que ganhou 2-1 em casa e perdeu 3-1 em Bilbau.

Na presente temporada, o domínio ibérico ainda está por comprovar, mas, para já, o Benfica mantém em aberta a possibilidade do pleno, já que chegou à final, ao eliminar nas “meias” os turcos do Fenerbahçe.

Por seu lado, o Chelsea, que vai jogar em Amesterdão ainda como campeão europeu em título, tornou-se a segunda equipa inglesa a chegar à final da prova, ao deixar pelo caminho o Basileia, com dois triunfos (2-1 fora e 3-1 em casa).