O Governo ucraniano cancelou esta quarta-feira o jogo do Valência no recinto do Dínamo Kiev, dos 16 avos da Liga Europa de futebol, sendo que o encontro poderá ser disputado na quinta-feira no Chipre ou na sexta-feira noutro local.
“A última informação que temos é de que não vamos jogar em Kiev, após um comunicado oficial do Governo ucraniano. Temos de continuar à espera, não sabemos se jogamos amanhã [quinta-feira] noutro país, que pode ser no Chipre, ou se é adiado para sexta-feira para outro estádio e outro país. Estamos à espera da confirmação da UEFA e esperamos tê-la em breve”, afirmou o presidente do Valência, Amadeo Salvo.
O dirigente do clube de João Pereira, Ricardo Costa e Ruben Vezo acrescentou que tem mantido conversações com a Liga espanhola e com o Granada para que o jogo entre as duas equipas para o campeonato possa ser disputado na segunda-feira à noite.
A comitiva do Valência, que integra João Pereira e Ricardo Costa e tinha voo previsto para as 13h00 para a capital ucraniana, aguarda no aeroporto de Manises a confirmação do local do encontro da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, frente ao Dínamo Kiev, de Miguel Veloso, por parte da UEFA.
Na terça-feira, a UEFA tinha explicado ao Valência que os distúrbios em Kiev estavam localizados e que não afetavam o jogo.
O Valência já tinha decidido reduzir ao mínimo tempo possível a estada na capital ucraniana, onde tinha chegada prevista para hoje, ao final da tarde, e regresso a Espanha agendado para a madrugada de sexta-feira.
Além disso, o Valência desistiu de treinar no Estádio Olímpico de Kiev e marcou a conferência de imprensa de antevisão do encontro, com o treinador Juan Antonio Pizzi e um jogador, para o hotel no qual vão estar alojados, localizado a cerca de 20 minutos da praça da Independência, o epicentro dos protestos.
Pelo menos 25 pessoas morreram, na terça-feira, nos confrontos entre manifestantes e autoridades em Kiev, capital da Ucrânia, revelou hoje o Ministério da Saúde em comunicado.
Além das vítimas mortais, outras 241 pessoas foram hospitalizadas, incluindo 79 polícias e cinco jornalistas, acrescenta-se na nota.
Os acontecimentos de terça-feira em Kiev foram referidos pelo Presidente Viktor Ianukovitch como o "ultrapassar dos limites" pela oposição, que apelou ao uso de armas para enfrentar as forças da ordem.