A final da Liga Europa de futebol entre Benfica e Chelsea terá um impacto de 157,6 milhões de euros, mais do dobro da partida da mesma competição que opôs há dois anos FC Porto e Sporting Braga.
A conclusão é de um estudo realizado pelo IPAM – The Marketing School, que revela que o jogo de quarta-feira «vai proporcionar proveitos de 26,9 milhões de euros à economia nacional», apesar de o mercado britânico ser «o que mais fica a ganhar».
O impacto económico global contabiliza gastos com restauração, viagens de avião, estadias, consumos em casa, prémios de jogo, de bilheteira e direitos televisivos, o que tudo somado deverá traduzir-se em movimentos de 157,6 milhões de euros.
Coordenado pelo docente Daniel Sá, o estudo conclui que a presença do Benfica na final do Arena de Amesterdão, na Holanda, «deve valer à economia nacional proveitos na ordem dos 26,95 milhões de euros, um valor que equivale a 17 por cento do impacto económico global».
Quanto ao mercado português, «a maior fatia (55 por cento) fica a dever-se, em primeira instância, ao consumo em casa, seguindo-se as viagens de avião (22 por cento) – cujas deslocações são estimadas em 10 mil pessoas – e os gastos na restauração (15 por cento)».
O estudo do IPAM revela ainda que o mercado britânico «será, sem margem para dúvidas, o vencedor antecipado do desafio», ao registar um impacto na economia de 78,5 milhões de euros, precisamente metade do total.
De acordo com o IPAM, a partida de Amesterdão trará o dobro dos proveitos da final da Liga Europa entre o FC Porto e o Sporting de Braga, realizado há dois anos (72 milhões euros), mas cerca de metade das finais da Liga dos Campeões de 2009 e 2010, entre o Barcelona e o Manchester United (310 milhões) e entre o Inter de Milão e Bayern de Munique (350 milhões), respetivamente.
A investigação do IPAM conclui ainda que, se o troféu vier para Portugal, «o clube encarnado deve arrecadar receitas na ordem dos 12 milhões de euros» e, no caso de perder, fica-se por 9,5 milhões de euros.
«Os 50 mil espetadores que assistirão ao desafio nas bancadas da Arena de Amesterdão devem, a par das 40 mil dormidas, 200 mil refeições servidas, as 50 mil deslocações internas, 30 mil visitantes que se esperam na capital holandesa, movimentar 14,25 milhões de euros», conclui o estudo do IPAM.