Mário Silva, treinador do Rio Ave, da I Liga portuguesa de futebol, garantiu hoje ter a equipa "preparada e motivada", para a estreia competitiva da época, frente aos bósnios do FK Borac, em jogo da Liga Europa.

A partida, da segunda eliminatória de acesso à fase e grupos da competição, que se realiza a 17 de setembro, na Bósnia-Herzegovina, será também a estreia oficial do treinador à frente da equipa vila-condenses.

"O tempo de trabalho não foi muito, mas sinto que ao fim destas três semanas de trabalho a equipa está preparada e motivada para encarar este jogo com ambição", disse Mário Silva à Agência Lusa.

O técnico alertou para "as dificuldades" que o seu conjunto vai sentir, frente a "um adversário que já está em competição e fez nove jogos esta época", lembrando as especificidades desta ronda da Liga Europa.

"É uma eliminatória a uma mão e fora de casa, onde tudo pode acontecer. Já os estudámos em vídeo, sabemos que não há jogos fáceis, mas estamos otimistas que vamos continuar em prova", vincou o treinador.

Esse otimismo é também transportado por Mário Silva para os jogos da I Liga portuguesa, na qual o técnico se vai estrear, depois de ter feito um percurso de carreira nos escalões de formação do FC Porto e, na época passada, ter passado pelos espanhóis do Almería, do segundo escalão do país vizinho.

"Neste momento o Rio Ave pode encarar qualquer jogo com positivismo. O nosso compromisso tem de ser a superação. Sabemos que há outras equipas que investiram muito forte também para objetivos semelhantes aos nossos, mas, tal como na época passada, temos de mostrar trabalho, mérito, competência e também ter sorte", analisou.

Nesse desafio de superação, Mário Silva tem de lidar com a ‘herança' deixada pelo seu antecessor Carlos Carvalhal, que na época passada, no emblema da foz do Ave, levou a equipa conseguir o melhor registo pontual da sua história (55 pontos).

"Se tivesse uma herança de uma equipa de insucesso, que não oferecesse garantias, aí seria mais complicado. Nesta situação, a herança exige que façamos um bom trabalho para continuar a ganhar", disse Mário Silva.

Nesse grupo que herdou, o novo treinador dos vila-condenses já não tem nomes com Taremi, Nuno Santos ou Al Musrati, jogadores que tiveram uma prestação decisiva, mas que saíram para outros clubes.

"A lei de futebol é assim mesmo, saem uns entram outros. Mas as pessoas passam e os clubes continuam. No Rio Ave isso tem acontecido, e o clube tem sabido crescer, potenciar e rentabilizar outros talentos", lembrou o treinador.

Sobre possíveis ajustes ao grupo de trabalho, Mário Silva recordou que, desta vez, "felizmente ou infelizmente o mercado está aberto até outubro", admitindo que possa ainda haver entradas e saídas.

"Temos um grupo de qualidade que nos dá todas as garantias para começar a época de forma positiva. Mas até ao outubro nenhuma equipa está fechada. Pode chegar mais ou outro reforço, mas também haver saídas. Temos de estar sempre preparados", assumiu.

O técnico lembrou que o Rio Ave "é um clube que potencia jogadores", tornando-se apetecível para atletas que queiram "uma oportunidade para continuarem a mostrar que têm qualidade".