Domingos Paciência deu asas aos sonhos na conferência de imprensa de antevisão da final da Liga Europa, onde Braga e FC Porto disputam esta quarta-feira a primeira final europeia exclusivamente portuguesa.

O treinador da equipa minhota reconhece o poderio dos dragões, mas mantém viva a chama do sonho da vitória. «Para ganhar temos de estar nos limites e ser uma equipa perto da perfeição. Amanhã é um jogo em que tudo pode acontecer, mas para que possa acontecer a nosso favor temos de ser muito fortes para estar ao mesmo nível do Porto», afirma.

«Sinto um grande orgulho por o Braga estar a viver um momento como este. Todos nós temos direito a sonhar. Já é um sonho estar aqui mas ainda não quero bater na mesinha de cabeceira para acordar», confessa Domingos Paciência, sublinhando: «As pessoas que são minhas amigas, por mais portistas que sejam, gostavam que eu ganhasse e gostam de ver os pequeninos a bater os grandes. A ironia do destino fez com que fosse o FC Porto a aparecer na final, para bem da minha carreira, para apagar algumas críticas e insinuações. Defendo sempre os interesses do clube que represento e é o Braga que eu quero que ganhe amanhã». 

Sobre o desafio de amanhã, Domingos não abre o jogo. «Dar o onze numa final era estar a dar trunfos ao adversário. Há jogadores que estão condicionados e temos de nos proteger. Uma ou outra alteração não vai mudar muito a equipa que nós somos e a equipa que o FC Porto é», explica.

Salientando o «grande conhecimento» mútuo que existe entre Braga e FC Porto, Domingos Paciência assumiu que haverá uma estratégia especial para um jogo único: «Temos de abordar de forma diferente este jogo do que fizemos no campeonato. A nossa mentalidade vai ser explorar aquilo em que somos fortes e anular onde o FC Porto é forte. Se fizermos isso estaremos mais perto de ganhar», concluiu. 

FC Porto e Braga defrontam-se esta quarta-feira para a final da Liga Europa, em jogo marcado para a Arena de Dublin, às 19h45.