O Benfica reencontra quarta-feira o Sevilha, clube frente ao qual se estreou, há mais de 56 anos, nas taças europeias de futebol, numa primeira eliminatória da Taça dos Campeões em que os espanhóis levaram a melhor.

A 19 de setembro de 1957, o conjunto “encarnado”, então campeão nacional em título, disputou o seu primeiro jogo nas provas da UEFA no Campo Nervion, em Sevilha, onde perdeu por 3-1, sendo depois eliminado na Luz, após um “nulo”.

Na primeira mão, os comandados do brasileiro Otto Glória, que nessa temporada se ficaram pelo terceiro lugar do nacional e caíram na final da Taça de Portugal face ao FC Porto (0-1), ainda se aguentaram até ao intervalo, atingido sem golos.

A formação da casa marcou logo no primeiro minuto da segunda metade, pelo extremo esquerdo Antonio Pahuet, que bateu Bastos com um remate forte, mas o Benfica respondeu logo a seguir, aos 48 minutos, através de um “tiro” do “capitão” Palmeiro.

Aos 59 minutos, Serra tentou fintar Antoniet, perdeu a bola e o Sevilha voltou ao comando do marcador, para, aos 79, aumentar a vantagem, por obra de Pepillo, que, rezam as crónicas da altura, terá ajeitado a bola com a mão antes de marcar.

A três minutos do final, José Águas ainda teve uma excelente oportunidade para apontar o segundo tento dos “encarnados”, mas o seu cabeceamento saiu mal.

Para a história, o primeiro “onze” europeu do Benfica foi composto por Bastos, Calado, Ângelo, Pegado, Serra, Alfredo, Palmeiro, Coluna, José Águas, Caiado e Cavém.

Na segunda mão, a 26 de setembro, na Luz, os “encarnados” atacaram muito, mas nunca conseguiram ultrapassar a cerrada defesa dos espanhóis, que seguraram o “nulo” até ao fim e qualificaram-se para a segunda ronda da prova.

O Sevilha chegaria aos quartos de final, fase em que foi “esmagado” pelos compatriotas do Real Madrid, que, rumo ao terceiro título em três edições, golearam em casa por 8-0, com um “póquer” de Di Stefano, e, depois, empataram 2-2 no Nervion.

Depois de um empate e uma derrota, o Benfica pode conseguir quarta-feira a vitória que lhe falta do “duelo” particular com o Sevilha.