O antigo guarda-redes do Sporting Ricardo destacou um remate de Rogério que embateu no poste da baliza do CSKA Moscovo, ao recordar a final de 2004/05 da Taça UEFA de futebol, como o momento decisivo do jogo.
“Acho que fizemos uma grande primeira parte e que surpreendemos os russos, que nem tiveram uma oportunidade de golo. Lembro-me de um lance na segunda parte que nos daria o 2-2, em que o Rogério na pequena área rematou ao poste, e eles saíram para o contra-ataque e fizeram o 3-1”, disse à agência Lusa Ricardo, para quem a derrota de há dez anos com o CSKA, a 18 de maio de 2005, “doeu muito” por sentir que a equipa “tinha qualidade para conquistar o troféu”.
Ricardo recordou que “as coisas complicaram-se” para o Sporting na segunda parte com o CSKA “a fazer dois golos em contra-ataque” com os ‘leões’ balanceados no ataque e admitiu que houve “uma quebra física, mas não anímica”.
“Numa final nunca há quebra anímica, quanto muito física, mas não podemos justificar a derrota com isso. O CSKA era poderosíssimo do meio-campo para a frente, com internacionais titulares das respetivas seleções e que jogavam juntos há vários anos”, recordou Ricardo, que reconheceu ter havido uma coincidência entre “um período de maior fulgor dos russos e uma quebra física do Sporting na segunda parte”.
O antigo guarda-redes dos ‘leões’ não encontra qualquer ligação entre o que se passou em Alvalade, onde “o eventual desgaste físico foi compensado com o estímulo de jogar uma final europeia”, com a derrota frente ao Benfica três dias antes, desaire que significou praticamente o adeus ao título ao Sporting, a quem bastava um empate na Luz para ficar em posição privilegiada.
Já em relação à derrota com o Nacional, em Alvalade, na última jornada do campeonato, que custou ao Sporting o segundo lugar, tomado pelo FC Porto, Ricardo vê uma ligação com as duas anteriores: “Aí acredito que o desânimo pela perda acumulada do campeonato e da Taça UEFA tenha pesado”.
Não obstante o terrível final de época, Ricardo recordou que o Sporting fez “uma época fantástica” e confessou ter-lhe dado “muito prazer” ter feito parte daquela equipa que “jogava um futebol fabuloso”, mesmo sabendo que estava “muito exposta ao risco, mas que empolgava os adeptos, mesmos os que não eram do Sporting”.
“A força do grupo residia na qualidade individual posta ao serviço do coletivo, em jogadores de caráter e numa equipa técnica competente e com boa relação com toda a gente”, rematou Ricardo.
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