O Sevilha vai tentar conquistar pela quarta vez a Liga Europa de futebol frente ao estreante Dnipro, na quarta-feira, na final marcada para o Estádio Nacional de Varsóvia, na Polónia.
A formação sevilhana, que conta com os portugueses Beto, Daniel Carriço e Diogo Figueiras, procura o seu segundo êxito europeu consecutivo, o quarto no total, depois das vitórias nas três presenças anteriores em finais, em 2005/06, 2006/07 e 2013/14, e tornar-se ‘rei’ da competição ao superar os registos de Inter Milão, Juventus e Liverpool.
Pela frente, os comandados de Unai Emery vão encontrar o atual terceiro classificado da Liga ucraniana, no qual alinha o médio luso Bruno Gama e o antigo avançado do Sporting de Braga Mattheus, e que se estreia em finais europeias, à procura de se tornar o terceiro emblema ucraniano a vencer provas continentais, após os triunfos de Dínamo Kiev, na Taça das Taças de 1974/75 e 1985/86, e Shakhtar Donetsk, na Taça UEFA de 2008/09.
Na capital polaca, o Sevilha, quinto classificado da Liga espanhola, vai ter de comprovar o seu favoritismo, não só pela maior experiência internacional, mas, sobretudo, pela qualidade do plantel, no qual se destacam os avançados Carlos Bacca e Kevin Gameiro, os médios Vitolo, M'Bia e Iborra e os defesas Navarro e Pareja.
Do lado ucraniano, o técnico Myron Markevych pode contar com a capacidade finalizadora de Nikola Konoplyanka, Yevhen Seleznyov e Yevhen Konoplyanka, assim como com a experiência do defesa Dmytro Chygrynskiy, que já alinhou no FC Barcelona, e a regularidade do guarda-redes Denys Boyko.
A nacionalidade portuguesa é a única que se repete entre as 13 presentes nos plantéis dos dois clubes, com a particularidade de Daniel Carriço ser atualmente o jogador com mais encontros na competição (47).
Nos ‘caminhos’ até Varsóvia ambas os finalistas afastaram formações italianas nas meias-finais, o Nápoles no caso dos ucranianos e a Fiorentina no caso dos andaluzes.
Em teoria, o Sevilha terá enfrentado adversários mais valiosos, caso dos russos do Zenit São Petersburgo, que viria a sagrar-se campeão russo, nos quartos de final, do ‘vizinho’ Villarreal, nos ‘oitavos’, ou do Borussia Mönchengladbach, terceiro na Bundesliga, nos 16 avos de final, depois de ter sido batido pelo Feyenoord no Grupo G, que integrava também Rijeka e Standard Liège.
Também o Dnipro, depois de ter ‘caído’ na terceira pré-eliminatória da ‘Champions’ perante o Copenhaga e depois de ter batido o Hajduk Split no ‘play-off’ da segunda competição europeia, ficou em segundo na ‘poule’ F, atrás de Inter Milão e à frente de Karabakh e Saint-Étienne, superando depois o Olympiacos, agora penta-campeão grego, Ajax e Club Brugge.
A surpreendente presença na final da Liga Europa de um clube da Ucrânia, atualmente em guerra civil e que levou à deslocalização dos jogos de Dnipropetrovsk para a capital Kiev, promove um certo orgulho nacionalista, tal como disse o técnico Markevich, que dedicou o triunfo sobre os napolitanos nas ‘meias’ aos habitantes da zona de conflito no leste do país, que provocou mais de 6.000 mortos e mais de um milhão de refugiados desde 2014, segundo a Organização das Nações Unidas.
Dnipro e Sevilha defrontam-se na quarta-feira, a partir das 19h45, sob arbitragem do inglês Martin Atkinson, no principal estádio da Polónia, ‘palco’ do jogo de abertura do Euro2012 e da vitória de Portugal frente à República Checa nos quartos de final desse campeonato.
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