Um dia depois da confirmação de Mauricio Pochettino como novo treinador do PSG, Zsolt Low, adjunto do ex-técnico dos parisienses Thomas Tuchel, abordou a demissão da equipa técnica do alemão do clube francês.

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Em entrevista ao diário desportivo hungaro 'Nemzeti Sport', o ex-adjunto do PSG não escondeu a surpresa que foi o anúncio da demissão no dia 23 de dezembro.

"Ficámos surpreendidos quando no dia 23 de dezembro, depois da vitória por 4-0 ao Estrasburgo, Leonardo (diretor desportivo do PSG) ligou-nos para dizer que não contava com o trabalho de Thomas no futuro. Depois de termos lutado contra dificuldades consideráveis - fizemos algo histórico com o PSG [presença na final da Champions], qualificamo-nos para a fase a eliminar da Liga dos Campeões, estávamos na luta pelo campeonato - achámos a decisão algo incompreensível", afirmou.

Realçando o trabalho feito por Tuchel, apesar das "várias lesões ao longo da época" e da pandemia, Zsolt Low destacou a última janela de transferências como um dos momentos que maior tensão criou entre equipa técnica e direção.

"A janela de transferências de verão não correu como pretendíamos. As principais partidas (Thiago Silva, Edinson Cavani, Thomas Meunier) aconteceram antes dos jogos de agosto e não foi corretamente substituídos. Isso criou tensões entre alguns dos líderes do clube e o staff", começou por dizer.

"Tinham ideias diferentes em diferentes aspetos e na perspetiva de crescimento a longo prazo. Isto levou Leonardo a pensar no futuro com uma equipa técnica diferente", acrescentou.

Por fim Low admite que, apesar da decisão incompreensível, a situação entre clube e técnico não era sustentável a longo prazo e que, no fim de contas, foi melhor assim.

"Foi melhor dizer adeus assim, quase no topo", concluiu.