O presidente da Federação Francesa de Futebol, Noël Le Graët, disse esta terça-feira que pediu aos árbitros para que não interrompam os jogos por causa de cânticos ou bandeiras homofóbicas nas bancadas.

"Parar as partidas não me interessa. É um erro. Pararia um jogo por causa de gritos racistas, de uma luta, incidentes se houver perigo nas bancadas, mas não é o mesmo", disse, acrescentando que espera que os serviços de segurança dos clubes "reajam".

"Devem controlar as pessoas que entram nos estádios, há funcionários ali para retirar essas bandeiras rapidamente. Mas parar os jogos é outra coisa, o jogo é algo mais complicado. Vamos preocupar-nos em tirar as bandeiras, mas parar os jogos não".

Le Graët defendeu a mesma posição numa entrevista na semana passada, na qual ressaltou que racismo e homofobia "não são a mesma coisa".

Esta terça-feira, após a vitória da França por 3 a 0 sobre Andorra, em jogo de apuramento ao Euro2020, Le Graët recebeu o apoio do técnico da seleção francesa, Didier Deschamps.

"Normalmente, não comento as declarações do meu presidente, mas o que posso garantir é que, a nível humano, ele é alguém que sempre lutou contra todas as discriminações no futebol", disse Deschamps.

Desde o início da temporada, vários jogos foram interrompidas por breves instantes na primeira e na segunda divisões de França para acabar com cânticos homofóbicos vindos das bancadas ou para remover bandeiras, uma atitude que o governo francês defende como forma de combate à homofobia.