A intensa rivalidade entre Olympiacos e Panathinaikos voltou a ultrapassar os limites no domingo, durante o segundo jogo da final dos ‘play-offs’ do campeonato grego de basquetebol, levando o governo helénico a adiar o terceiro encontro da série e a ponderar mesmo o cancelamento da competição.

O triunfo do Olympiacos por 91-83, que igualou a final em 1-1, ficou manchado por incidentes que envolveram Dimitris Giannakopoulos, presidente do Panathinaikos, e que motivaram comunicados contraditórios de ambos os clubes.

O Olympiacos denunciou o "comportamento provocativo" e as "ameaças" de Giannakopoulos, alegando que o dirigente foi expulso pelas autoridades e escoltado à saída do pavilhão, após confrontos nas bancadas que envolveram também dirigentes das duas equipas. O clube do Pireu divulgou ainda imagens do momento nas suas redes sociais.

Já o Panathinaikos apresentou uma versão diferente dos acontecimentos, garantindo que o presidente abandonou o recinto de forma voluntária, depois de ser alvo de cânticos ofensivos, dirigidos a si e à sua filha, por parte dos adeptos do Olympiacos.

"O estádio tem sido palco recorrente de cânticos infames dirigidos a crianças e famílias, sem qualquer reação das entidades competentes. É hora de agir", frisou o emblema de Atenas em nota oficial, criticando a passividade das autoridades.

Face à escalada de tensão, o Governo grego decidiu adiar o terceiro jogo da final e não exclui a possibilidade de cancelar o campeonato, num esforço para controlar os episódios de violência que têm marcado o desporto no país.

A rivalidade entre Olympiacos e Panathinaikos, histórica e carregada de episódios polémicos, volta assim a centrar as atenções, desta vez com repercussões que podem ter impacto direto no desfecho da temporada.