O antigo secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Jérôme Valcke, negou hoje ter recebido subornos de Nasser Al-Khelaïfi, presidente do Paris Saint-Germain e diretor-executivo do grupo BeIN Media, para ceder os direitos televisivos de dois Mundiais.

“Existe um processo que me acusa de ter beneficiado, especialmente da parte de Al-Khelaïfi, por conceder os direitos televisivos por um valor inferior no Médio Oriente. Quero apenas dizer que não é verdade. Nunca recebi nada em recompensa de outra coisa”, disse Valcke em entrevista hoje ao jornal L’Équipe.

As declarações do antigo dirigente francês, suspenso por dez anos devido a alegado relacionamento em vendas de bilhetes para os Mundiais com valores superiores ao normal, surgem um dia depois da sede BeIN Sports, dirigida por Al-Khelaïfi, ter sido alvo de buscas.

Segundo Valcke, o caso “não corresponde à realidade”, pois “nunca” trocou nada com o presidente do PSG.

As buscas aconteceram na quinta-feira, em coordenação com as autoridades suíças, que tinham comunicado a abertura de processos crime a Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, Valcke, e uma terceira pessoa.

Al-Khelaïfi e Valcke estão a ser investigados por corrupção, gestão desleal e fraude, juntamente com “um empresário ligado ao setor dos direitos desportivos”, segundo a procuradoria suíça.

No caso de Valcke, que está suspenso pela Comissão de Ética da FIFA por corrupção, a justiça suíça suspeita que o antigo dirigente recebeu subornos do empresário para conceder os direitos televisivos, em diversos países, nos Mundiais de 2018, 2022, 2026 e 2030.

No processo contra Al-Khelaïfi, que exerce o cargo de presidente do PSG juntamente com a direção do canal BeIN Media Group, a investigação centra-se na transmissão dos Mundiais de 2026 e 2030.

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