O presidente do Angers, 13.º classificado da Liga francesa de futebol, foi hoje detido e interrogado por acusações de abuso e assédio sexual, que nega, na sequência de um outro caso denunciado recentemente no desporto francês.
Said Chabane, de 55 anos, “foi colocado sob custódia policial pouco antes das 07:00 [de Lisboa], por abuso sexual agravado por abuso de poder, e assédio sexual, após queixas de uma funcionária e duas ex-funcionárias”, explicou à agência noticiosa France-Presse o procurador do Ministério Público Eric Bouillard.
Segundo a mesma fonte, a investigação preliminar arrancou em 07 de janeiro, devido a uma primeira queixa de atos de assédio sexual, tendo sido identificadas outras duas vítimas, que também apresentaram queixa formal.
As três queixosas, que têm idades compreendidas entre os 25 e os 30 anos, denunciaram terem sido alvo de “toques muito fortes nas partes íntimas”, que teriam acontecido em 2019, algo que o presidente do Angers “nega formalmente”, pode ler-se num comunicado do emblema que preside.
“Trará à Justiça todos os elementos que permitam restaurar a verdade e preservar a sua honra. Chabane tem confiança de que o resultado da investigação, com a qual coopera totalmente, vai reconhecer a sua inocência”, lê-se na mesma nota.
Chabane chegou em 2011 à liderança do emblema, em que joga o português Matheus Pereira Lage, e estas acusações seguem-se a outra denúncia, da antiga patinadora Sarah Abitbol, que afirmou ter sido violada pelo treinador Gilles Beyer entre 1990 e 1992, quando tinha 15 anos.
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