O treinador português Diamantino Miranda, do Costa do Sol de Maputo, mostrou-se surpreendido com a suspensão aplicada pelas autoridades laborais moçambicanas, afirmando que tem «tudo em dia» em relação à sua situação laboral no país.
Uma fonte da Inspeção Geral do Trabalho de Moçambique disse hoje à agência Lusa que Diamantino Miranda e Vítor Urbano, técnico português do Ferroviário de Maputo, foram suspensos das suas atividades em Moçambique por alegadamente se encontrarem em «situação laboral irregular».
«Fizemos uma campanha pelos clubes e federações e detetámos diversas situações ilegais. Além dos dois treinadores, há mais gente sancionada», afirmou a fonte, remetendo para uma conferência de imprensa os pormenores sobre os resultados da ação inspetiva levada a cabo pelas autoridades laborais moçambicanas.
Contactado pela Lusa em Maputo, Diamantino Miranda disse estar surpreendido com a decisão, uma vez que não foi notificado da mesma, e que tem «tudo em dia» em relação à sua situação laboral no país.
«Tenho um contrato de trabalho assinado e registado em notário e um DIRE (Documento de Identificação e Registo de Estrangeiros) em dia. A menos que essa medida se enquadre nalgum tipo de perseguição cujas razões desconheço, estou surpreendido», afirmou Diamantino Miranda.
O treinador do Costa do Sol repudiou o facto de supostamente não ter sido notificado da decisão, ao ponto de se ter preparado para orientar o treino da tarde de hoje.
A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir a reação de Vítor Urbano, mas fonte do Ferroviário de Maputo confirmou a suspensão do treinador pela Inspeção Geral do Trabalho, criticando a medida por excessiva.
«Temos o documento da renovação da licença de trabalho do ‘míster’ Vitor há mais de um mês e no lugar da autorização caem-nos em cima com esta decisão, isto é lamentável», afirmou a fonte da equipa "locomotiva".
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