O treinador português do clube moçambicano Ferroviário de Nampula, Nelson Santos, foi “aconselhado” pelas autoridades a abandonar Moçambique para regularizar o seu visto em Portugal, indicou hoje à Lusa fonte oficial.
“Não se trata de uma situação de ilegalidade. O que acontece é que ele estava em Moçambique a exercer uma atividade para a qual o seu visto não se adequava”, explicou à Lusa a porta-voz da Direção Provincial de Migração em Nampula, Sheila Capela.
O técnico português possuía um visto válido de turismo e negócios, mas o documento não se aplica à sua situação, em função das atividades que exerce como treinador principal do Ferroviário de Nampula, explicou Sheila Capela.
“Nós aconselhámo-lo a abandonar o país para regularizar a situação e, caso seja da sua vontade, voltar para exercer a sua atividade. Ele assim procedeu, abandonou o país no dia 09 de agosto”, declarou a porta-voz da direção provincial de Migração em Nampula, frisando que não se trata de uma situação de ilegalidade.
A Lusa tentou, sem sucesso, contactar o Ferroviário de Nampula, clube que atua no principal campeonato moçambicano de futebol, o Moçambola.
Nelson Santos comanda o Ferroviário de Nampula desde 2021, tendo também já passado em Moçambique por clubes como Costa do Sol e Ferroviário de Maputo, dois entre os maiores do país.
A saída de Nelson Santos ocorreu quatro dias após o repatriamento de Alberto Lário, treinador português de atletismo que ficou detido durante quase três semanas por irregularidades na sua documentação.
Segundo as autoridades moçambicanas, Alberto Lário estava em situação de irregularidade desde 2019, quando expirou a validade do seu Documento de Identificação de Residentes Estrangeiros (DIRE).
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