“Tenho esperança em Portugal, por isso vim de Angola aqui. Fiz 7000 quilómetros de carro. É uma aventura. Aproveitámos esta viagem para apoiar Portugal”, resume Manuel Santos, que levou a família a ver o jogo de abertura, o África do Sul-México (1-1), sexta-feira, em Joanesburgo.

O portuense emigrado há décadas em Angola, onde tem uma empresa de transportes, diz que Portugal “tem uma equipa relativamente boa”, mas defende que pode evoluir caso actue como um verdadeiro conjunto.

“Tem ainda de melhorar um bocado, jogar mais em equipa, com espírito mais colectivo. Não se limitarem a ser individualistas. Acredito que podemos chegar a uma meia-final”, diz Manuel Santos, que destaca a qualidade da “defesa e avançados”.

A filha Miriam tem um discurso semelhante e pede aos pupilos de Queiroz que “pensem em grupo”, pois defende que assim há maiores possibilidades de êxito.

“Temos de jogar com muito coração. Portugal sempre tem participado em competições FIFA, mas nunca entrou numa final. A esperança é a última coisa a morrer, portanto desejo-lhes muito boa sorte”, vincou.

Pai e filha, que se revelaram incansáveis no apoio à África do Sul no jogo de abertura, têm a paixão comum pelo continente que, defendem, mais do que justifica a organização do campeonato do Mundo.

“Para nós tem (sabor especial). Estamos a viver em Angola, para nos é muito importante este primeiro mundial em África. O continente merece”, vinca Miriam.

Manuel Santos lembra que “a África do Sul é uma potência”: “O Mundial2010 está a ser uma festa maravilhosa. Pela primeira vez a competição disputa-se em África, o que é bom para o Mundo. É uma prova que África está a andar, evoluir.

De carro, a família de seis elementos vai assistir aos jogos de Portugal com Costa do Marfim (15 Junho, Port Elisabeth), Coreia do Norte (21 Junho, Cidade do Cabo) e Brasil (25 Junho, Durban).