O rumor da deserção de quatro futebolistas levou um batalhão de jornalistas ao seu “quartel-general” – normalmente não há mais de uma dezena a acompanhar o dia-a-dia da equipa - na esperança de ouvir da boca dos responsáveis norte-coreanos o que se tinha passado, mas a verdade é que a conferência de imprensa foi cancelada, sem explicações.

Depois de terem podido aceder a cerca de meia hora de treino, os jornalistas foram convidados a deixar as bancadas e retirar-se.

Já no exterior do estádio, mas ainda no perímetro do recinto, alguns jornalistas quiseram saber do oficial dos Media da FIFA o porquê do cancelamento da mesma, só que o responsável escusou-se a dar a cara, não comparecendo para explicar os motivos do inesperado cancelamento de uma iniciativa do organismo que regula o futebol mundial.

Ao invés, a polícia no local – alguma à civil – começou a pressionar os profissionais da comunicação social a abandonar o local, gerando-se alguma confusão ampliada pela sede de notícias de uns e pela impreparação e excesso de zelo de outros.

A força foi usada algumas vezes, bem com a ameaça de partir o material em caso dos profissionais da imagem não abandonassem imediatamente o local.

No treino pouco foi possível apurar sobre a insólita situação da alegada deserção, uma vez que estavam mais de 30 elementos equipados ou em fato de treino.

No período aberto aos jornalistas foi possível constatar a boa disposição dos atletas.

Quando começaram os exercícios mais específicos, a atitude mudou e todo o tipo de situações foi cumprida com escrúpulo militar, com evidente aplicação de todos.