Todos os sete campeões do Mundo de futebol vão discutir o 19.º título, na África do Sul, numa edição do Mundial que vai desempatar Europa e América do Sul, ambos com nove troféus conquistados.

A primeira edição organizada em África, que se disputa entre 11 de Junho e 11 de Julho, também poderia sugerir a estreia de um campeão de outro continente, mas é muito pouco provável que os dois "colossos" do futebol mundial deixem escapar o ceptro que sempre partilharam.

Curiosamente, a distribuição dos títulos é feita com tal harmonia que os triunfos são alternados desde 1962, tendo o último pertencido à Europa, com a Itália a vencer o Alemanha2006.

Até agora, apenas sete selecções levantaram a taça, nomeadamente o Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra.

Só o Brasil, único pentacampeão, conquistou mais de metade dos títulos sul-americanos, seguindo-se no rol de conquistadores a Itália, com quatro troféus, a Alemanha, com três, a Argentina e o Uruguai, com dois, e a França e a Inglaterra, com apenas um.

Outro dado importante é o facto de o vencedor ser quase sempre do continente anfitrião - só o Brasil quebrou a "regra", no Suécia1958 e na Coreia do Sul/Japão2002 -, dado que ganha especial interesse pelo facto de a competição chegar pela primeira vez a África.

Em termos de finais entre equipas da Europa e da América do Sul, clara vantagem para os sul-americanos, por 7-2, com destaque, mais uma vez, para os cinco títulos do Brasil.

A história também revela que um terço dos títulos (seis em 18 edições) foram conquistados pelos países anfitriões, nomeadamente Uruguai (1930), Itália (1934), Inglaterra (1966), RFA (1974), Argentina (1978) e França (1998).

Na África do Sul, a Europa vai ter 13 selecções - incluindo Portugal -, a África seis, a América do Sul cinco, a Ásia quatro, a América do Norte, Central e Caraíbas três e a Oceânia apenas uma.

A quinta selecção sul-americana (Uruguai) apurou-se depois de um "play-off" com a quarta classificada da América do Norte, Central e Caraíbas (Costa Rica), enquanto a Nova Zelândia colocou a Oceânia no "mapa" depois de afastar o asiático Bahrain pelo mesmo sistema.

A FIFA admite rever as quotas dos vários continentes para edições futuras.