As cinco seleções africanas presentes no campeonato do Mundo de futebol, que decorre no Brasil desde o dia 12 de Junho, mostraram ter talentos individuais e conjunto para jogar de igual com os demais países que estiveram na prova e atingir o pódio, observou terça-feira o internacional angolano Manucho Gonçalves.

De acordo com o jogador do Rayo Vallecano da primeira divisão de Espanha, não obstante os diferentes desempenhos e classificações, as equipas africanas, em termos gerais tiveram uma prestação muito positiva dado o nível competitivo e qualidade futebolística dos adversários que enfrentaram em todos os jogos.

Admitiu que os Camarões desiludiram, em parte, e denotaram alguma desorganização interna, mas que ainda assim foram aguerridos contra a equipa da casa na última partida. Por outro lado, disse que a sorte foi ingrata particularmente com as equipas do Ghana e da Côte d'Ivoire, que contra as expectativas caíram na fase de grupos.

Ao contrário destas, o atacante angolano felicitou a Nigéria e a Argélia, que só perderam (à tangente) nos oitavos de final por falta de concentração na recta final. Contudo, referiu, África deixou indicadores de que o desfecho em próximas ocasiões será de orgulhar, se continuar a investir em infra-estruturas e a apostar nos jovens.

“Para mim, foi falta de sorte, porque qualidade e talento as equipas africanas têm, principalmente a Côte d'Ivoire. Todavia, o futebol tem disso e a sorte foi bastante ingrata para com os nossos representantes”, considerou o jogador em entrevista à Angop, concluindo que os africanos ainda fizeram melhor figura que muitos gigantes europeus.