O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou esta terça-feira que a retoma da greve dos metroviários na quinta-feira, dia da primeira partida do Mundial2014, seria "uma manifestação de oportunismo", e disse que o sistema irá funcionar.

"Nós teremos, tanto o Metro, quanto a CPTM [comboios] a funcionar. É difícil ter no mundo um estádio que tenha à porta uma linha do metro, e uma linha de trem [comboio]", disse à imprensa local, ao ser questionado sobre um possível plano de emergência.

Alckmin disse também que a negociação com os trabalhadores do metro está encerrada e que uma nova paralisação "não tem sentido". O governador realçou que há duas decisões da Justiça que consideram a greve abusiva.

Os trabalhadores do metro realizaram uma greve de cinco dias para pedir 12% de reajuste salarial, enquanto o governo ofereceu 8,7%. A paralisação foi suspensa na noite de segunda-feira, e hoje o sistema de metros está a funcionar normalmente.

Os grevistas afirmaram terem suspendido a greve para estudar o caso dos 42 trabalhadores que foram demitidos por justa causa após a paralisação ter sido considerada abusiva pela Justiça.

Uma nova assembleia para decidir os rumos das reivindicações foi agendada para a noite de quarta-feira, com um indicativo de greve para quinta-feira, o dia da abertura do Mundial2014 em São Paulo.