A seleção portuguesa de futebol deverá ficar integrada no pote das formações europeias no sorteio da fase final do Mundial de futebol do Brasil, marcado para 06 de dezembro, na Costa do Sauipe.

Em termos oficiais, apenas o pote 1 é, no entanto, conhecido e integra, além do anfitrião Brasil, os sete primeiros do “ranking” da FIFA de 17 de outubro, a detentora Espanha e ainda Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Uruguai e Suíça.

Na reunião do comité executivo de 4 de outubro, a FIFA decidiu que seria o “ranking” de outubro a determinar os cabeças de série, para não beneficiar as equipas que iriam disputar os “play-offs”, e ainda que os outros potes seriam “baseados em critérios geográficos e desportivos”.

Caso a opção tivesse recaído no “ranking” que será divulgado a 28 de novembro, então Portugal, que vai subir do 14.º ao quinto posto, depois dos dois triunfos sobre a Suécia (1-0 em casa e 3-2 fora), seria cabeça de série, tal como a Itália, em detrimento de Bélgica e Suíça.

Tendo em conta os “critérios geográficos”, que implicam que os grupos não tenham mais de uma equipa de cada confederação – com exceção da UEFA, que não deverá ter mais de dois -, Portugal deve evitar na fase de grupos as formações da Holanda, Itália, Inglaterra, Grécia, Bósnia-Herzegovina, Croácia e Rússia.

Neste lote, não entram as cabeças de série Espanha, Alemanha, Bélgica e Suíça, sendo que a França poderá ficar num pote especial, como aconteceu à Sérvia e Montenegro em 2006, por ser, então, a seleção europeia com pior “ranking”.

No sorteio para o Mundial de 2006, como agora, são nove as formações do “velho continente” que não entram no lote dos cabeças de série, pelo que, para evitar um grupo com três formações da mesma confederação, a FIFA poderá dar aos gauleses o estatuto que deu, há oito anos, aos ex-jugoslavos.

Além da França, também é candidata a ocupar esta posição a Rússia, caso a FIFA opte por eleger o “ranking” de 28 de novembro, no qual serão os russos a aparecer como a pior das equipas europeias entre as qualificadas para a fase final.

Ainda assim, e tendo em conta que também escolheu o “ranking” de 17 de outubro para eleger os cabeças de série, tudo aponta para que os campeões mundiais de 1998 entrem num pote à parte, de forma a não serem favorecidos em relação à Rússia, que não disputou os “play-offs”, ao contrário dos gauleses.

De acordo com o que aconteceu nos sorteios dos Mundiais de 2006 e 2010, um outro pote deverá ser formado pelas quatro formações da Ásia (Japão, Austrália, Irão e Coreia do Sul) e as quatro da CONCACAF (Estados Unidos, Costa Rica, Honduras e México).

Finalmente, um quarto pote contaria com os cinco representantes de África (Costa do Marfim, Nigéria, Camarões, Gana e Argélia) e os dois restantes da América do Sul (Chile e Equador).

De acordo com uma informação dada à Lusa pela FIFA, a decisão final sobre os portes “só será tomada na reunião do Comité Organizador da prova, que se reúne a 3 de dezembro”, apenas três dias antes da realização do sorteio da fase final.

Caso a opção seja manter os figurinos de 2006 e 2010, Portugal estará sempre mercê de um grupo complicado, por exemplo com Brasil, França e México, mas também poderá ser bem mais feliz, em termos teóricos, e calhar com Suíça, Argélia e Honduras.