Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez esta noite a antevisão do duelo com o Palmeiras, que marca a estreia dos azuis e brancos no Mundial de Clubes.

O jogo, da 1.ª jornada do Grupo A do Mundial de Clubes, terá lugar no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Análise ao Palmeiras: "Conheço a grandeza de um clube como o Palmeiras porque venho da América do Sul. Sabemos que vai ser intenso, que têm um grande treinador, que já conquistou muitos títulos. Todos os jogos nesta fase de grupos são muito importantes, não há margem de erro. Espero um duelo intenso, bem disputado, com duas equipas que vão pensar na baliza rival e vão querer ficar com os três pontos".

Estado do relvado: "Não tive a sorte de pisar ainda o campo. Sei que foi montado há poucos dias e, nesse sentido, espero que possa estar nas melhores condições possíveis. É igual para as outras equipas. Estamos habituados a jogar num relvado mais curto, o Palmeiras talvez em sintéticos. E faz parte conseguir essa adaptação o mais rápido possível. Mas não vai ser uma desculpa".

Estar num Mundial de Clubes é especial: "Quando sonhamos em ser treinadores, sonhamos desfrutar de momentos como este. Já estive em finais na América do Sul, no México, e sem dúvidas que disputar um Mundial de Clubes, a defender as cores do FC Porto, um clube campeão do mundo, vai ser especial. Ainda para mais, tendo em conta que será a minha primeira vez. Vamos ter a sorte e o privilégio de estar aqui. Nesse sentido, desfruto muito do presente. Também queria muito estar de férias, mas não estar significa que estamos onde queremos estar. Poder competir desperta-me muito entusiasmo. Ter equipas diferentes, de diferentes lugares do mundo, de diferentes formas de jogar futebol, é algo que nos faz evoluir. Como treinador, é enriquecedor."

Há equipas que não competem há 27 dias, e outras que não o fazem há mais pouco tempo. Pode fazer a diferença? "Competir é sempre o melhor. O calendário foi feito assim e nós demos as férias necessárias aos jogadores. Conseguimos treinar bem, fizemos particulares, até fomos a Marrocos jogar contra uma equipa que vai disputar o Mundial. Acho que vamos ser competitivos".

Com mais tempo de trabalho, espera ganhar mais confiança dos adeptos no Mundial? "Chegámos a meio da época. É uma continuidade, não tivemos uma pré-época. Ao longo do processo já conseguimos muitas coisas no que diz respeito ao modelo de jogo, que não são visíveis no dia a dia. Nas últimas jornadas já se viu um FC Porto mais perto do que queremos, mais maduro a controlar o jogo, que sabe explorar as vantagens, que consegue defender-se quando assim exige. Com o Boavista tivemos um a menos e defendemos. Claro que ainda há coisas a melhorar. O nosso objetivo é continuar a melhorar e encontrar o equilíbrio, vendo cada vez mais o FC Porto que queremos."

Vê a equipa a ir além dos oitavos de final? "Gosto de pensar no jogo de amanhã, o futuro não nos favorece nada. Estaríamos a desviar do presente que é o que podemos controlar. É jogo a jogo. Traçar metas seria limitar-nos. FC Porto tem de competir como este escudo exige e depois veremos até onde nos toca competir. Mas gostaríamos de estar até ao último dia."

Apoio dos adeptos nos EUA: "Adeptos são incríveis, tem estado na porta do hotel a darem força. Faz-nos sentir em casa. Fizemos bem a logística para nos adaptarmos bem à mudança de hora, o centro de treinos é muito bom e com a passagem do tempo estamos cada vez mais habituados".

Chegada de Gabri Veiga: "Além de se adaptar à nossa ideia de jogo, terá tempo necessário para conhecer os companheiros e adaptar-se aos nossos ritmos. Tem qualidade para nos ajudar. Quando os jogadores são bons, adaptam-se mais rapidamente".

Vencer no 1º jogo é crucial? "É o mais importante, porque o próximo jogo é o mais importante. Depois será o seguinte. Gosto de falar no presente. É uma fase de grupos de três jogos, três pontos ajudarão aos objetivos".

O Palmeiras vs FC Porto, da 1.ª jornada do Grupo A do Mundial de Clubes, está agendado para às 23h00 (hora de Portugal continental)  no MetLife Stadium, em Nova Jersey.