O treinador do Al Hilal, Leonardo Jardim, exortou hoje a FIFA a repensar o modelo do Mundial de clubes de futebol, considerando-o benéfico para os campeões da Europa e da América do Sul, por disputarem menos jogos.
“É injusto que algumas equipas tenham de jogar quatro jogos em oito dias, enquanto outras, que são as melhores, só precisam disputar dois e estão mais descansados”, justificou o técnico da equipa da Arábia Saudita.
A formação orientada pelo técnico luso precisou disputar um desafio, em que goleou o anfitrião Al Jazira por 6-1, para atingir as meias-finais, na quarta-feira, frente ao Chelsea, que entra direto nessa fase da competição. O Palmeiras, do português Abel Ferreira, estreia-se hoje, com o Al Ahly, que também foi obrigado a desafios prévios.
“Acho que devemos organizar melhor o calendário, com mais dias de recuperação para que as equipes da Ásia e da América do Norte e Central tenham mais hipóteses”, completou.
O treinador do tetracampeão asiático assumiu que a sua formação foi beneficiada na goleada ao Al Jazira, pois o campeão da liga dos Emirados Árabes Unidos, país anfitrião, estava cansado depois de ter enfrentado, três dias antes, o AS Pirae, do Taiti, a quem venceu por 4-1.
"Acho que a partida teria sido diferente se o Al Jazira tivesse descansado”, reconheceu Jardim.
O português entende que agora é o seu clube que está em claro prejuízo: “Tenho a certeza de que as equipas europeias, e neste caso o Chelsea, são claramente favoritas - disso não há dúvidas -, mas também têm uma vantagem acrescida, pois nós só temos dois dias de recuperação”.
“Eles têm uma equipe completa e fresca”, rematou, falando do adversário que também procura inédito título no seu currículo.
O Bayern Munique é o detentor do troféu que foi conquistado nas últimas oito edições pelos campeões da Europa.
A competição junta os campeões das seis confederações continentais e a melhor equipa do país anfitrião.
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