A futebolista Joana Marchão frisou que, na seleção feminina portuguesa, “não se usa a palavra impossível”, apesar de terem pela frente, no Mundial, Estados Unidos e Países Baixos, que disputaram a final da última edição.

A equipa das ‘quinas’ estreia-se num Campeonato do Mundo diante dos Países Baixos, seleção vice-campeã mundial, em 23 de julho, seguindo-se os confrontos com o Vietname, em 27, e os atuais detentores do cetro, os Estados Unidos, em 01 de agosto.

“Aqui, nesta seleção, nunca se usa a palavra impossível. Só nos dá mais motivação e mais força para jogar contra estas equipas. É contra estas equipas que queremos jogar, pois é sinal de que lá estamos”, disse aos jornalistas, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Na preparação para a competição, a seleção portuguesa defrontou a campeã europeia Inglaterra, no sábado, com um nulo (0-0) a dar confiança para o exigente Grupo E que vai encarar no Mundial da Nova Zelândia e Austrália, entre 20 de julho e 20 de agosto.

“O jogo contra a Inglaterra foi muito bem conseguido da nossa parte, não só da defesa, como de toda a equipa. Estivemos muito bem perante a campeã europeia. Claro que nos dá muita confiança, mas o nosso trabalho não acabou. Estamos a iniciar a terceira semana de trabalhos intensos. É assim que vamos continuar”, afiançou Joana Marchão.

No entanto, apesar de ter sido um bom teste, a jogadora, que, na última época, jogou na equipa italiana do Parma, entende que os jogos com Países Baixos e Estados Unidos irão ser “completamente distintos”, mesmo tendo um nível de dificuldade semelhante.

“Nenhum jogo é igual. A seleção dos Países Baixos e dos Estados Unidos são diferentes entre si e diferentes da Inglaterra. Vão ser três jogos completamente distintos. Difíceis, mas distintos”, atirou, acrescentando: “Claro que há jogos diferentes, mas os objetivos como equipa vão manter-se até ao fim do Mundial, seja jogo de preparação ou oficial”.

A defesa esquerdo, de 26 anos, abordou a competitividade existente na sua posição na seleção portuguesa, salientando a necessidade disso, aliado ao ambiente “fantástico”.

“É ótimo. Quanto mais competitividade houver dentro da equipa, mais fortes seremos. O ambiente no grupo é fantástico e isso ver-se-á dentro de campo”, expressou a atleta.

Anunciada a saída do Parma, onde realizou 16 encontros na última temporada, depois de seis anos no Sporting, Joana Marchão usará a prova como ‘montra’ para se mostrar.

“O Mundial é uma montra para todas as jogadoras. Claro que umas têm uma prestação melhor e outras menos boa. O que vou tentar fazer é ter a melhor prestação possível para ajudar a nossa seleção”, apontou a futebolista, que soma 36 internacionalizações.

Antes da partida para a Nova Zelândia, na próxima segunda-feira, Portugal receberá a Ucrânia, na sexta-feira, no Estádio do Bessa, no Porto, em mais um encontro particular.