Um ‘pontapé de bicicleta’ de Eduard Bello, aos 85 minutos, valeu na quinta-feira à Venezuela um surpreendente empate (1-1) no Brasil, no fecho da terceira jornada da zona sul-americana de apuramento para o Mundial de futebol de 2026.

A formação brasileira adiantou-se no marcador aos 50 minutos, num cabeceamento do central Gabriel Magalhães, na sequência de um canto de Neymar, mas, depois, não aproveitou as oportunidades de que dispôs para chegar ao segundo tento.

Na parte final, a Venezuela acreditou, sobretudo após a entrada de Yeferson Soteldo, e, a cinco minutos dos 90, Bello apontou um golo para posteridade, uma vistosa ‘bicicleta’, que deixou Ederson ‘estático’, após centro de Jefferson Savarino.

Os ‘canarinhos’ ainda tentaram regressar ao comando do marcador, mas os venezuelanos seguraram, ‘heroicamente’, a igualdade, que ‘rouba’ a liderança aos brasileiros, entregando-a à campeã mundial em título Argentina.

A formação ‘canarinha’, única pentacampeã e totalista em presenças em Mundiais, tem sete pontos, contra os nove dos argentinos, que bateram em casa o Paraguai por 1-0, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

O central benfiquista Nicolás Otamendi, com a braçadeira de ‘capitão’, na ausência do seu colega de equipa Di María (lesionado) e de Lionel Messi (no banco), decidiu o jogo logo aos três minutos, com um remate acrobático de primeira, de pé direito, na sequência de um canto de De Paul, na esquerda.

O jogador do Benfica marcou o seu quinto golo pela Argentina, no jogo em que somou a 106.ª internacionalização, igualando Diego Simeone, atual treinador do Atlético de Madrid, no sexto lugar do ‘ranking’ dos detentores do título mundial.

A Argentina marcou cedo e dominou o jogo por completo, mas não foi eficaz, com De Paul, aos 42 minutos, e Messi (entrou aos 53), aos 76, de canto direto, e aos 90+3, de livre direto, a atirarem ao ‘ferro’, Nicolás González a falhar dois golos ‘cantados’, aos 45 e 88, e Lautaro Martínez também a não acertar no alvo, aos 83.

Por seu lado, o Paraguai só assustou uma vez, aos 52 minutos, por Sosa, que se isolou, mas não logrou bater Emiliano Martínez: superou o recorde de minutos consecutivos (621) sem sofrer golos da Argentina – não concede nenhum desde a final do Mundial2022.

Atrás de Argentina e Brasil, seguem a Colômbia, com cinco pontos, e o Uruguai, com quatro, formações que empataram entre si no arranque da ronda, em Barranquilla.

Os ex-portistas James Rodríguez, aos 35 minutos, e Uribe, aos 52, apontaram os golos da equipa da casa, enquanto Olivera, aos 47, e o ex-Benfica Darwin Núñez, já aos 90+1, de grande penalidade, faturaram para o conjunto ‘celeste’.

O Chile também soma os mesmos quatro pontos dos uruguaios, e da Venezuela, depois de somar o primeiro triunfo, ao bater em casa o Peru por 2-0, graças aos tentos de Diego Valdés, aos 74 minutos, e Marcos López, aos 90+2, na própria baliza.

No sétimo lugar, de acesso a um play-off, segue o Equador, que somou a segunda vitória, ao ganhar na Bolívia por 2-1, graças a um golo de Kevin Rodríguez, aos 90+6 minutos, embora só tenha três pontos, pois foram-lhe retirados três na ‘secretaria’.

Rodríguez tinha entrado aos 78 minutos para o lugar do miúdo Kendry Páez, que se tornou o mais jovem de sempre a marcar nas eliminatórias sul-americanas para o Mundial, com 16 anos e cinco meses, ao inaugurar o marcador, aos 45. A equipa da casa ainda respondeu, por Rodrigo Ramallo, aos 83.

Nos últimos três lugares, únicos que inviabilizam qualquer hipótese de disputar o Mundial marcado para Canadá, Estados Unidos e México, seguem Paraguai (um ponto), Peru (um) e Bolívia (zero).