Nas ‘alturas’ de Calama, mais de 2.000 metros acima do nível mar, os chilenos acusaram a ausência do líder Arturo Vidal e somaram o segundo desaire consecutivo, depois de três vitórias de ‘rajada’ que tinham relançado as suas contas.
Após 15 de 18 jornadas, os chilenos seguem, provisoriamente, no sétimo lugar, com 16 pontos, a um de Colômbia (quinta) e Peru (sexto), que ainda não jogaram, três do Uruguai (quarto) e oito do Equador (terceiro).
Nos dois primeiros lugares, e já apurados, apesar de terem ambos um jogo em atraso – aquele entre ambos interrompido prematuramente -, estão o Brasil, com 36 pontos, e a Argentina, com 32, ambos sem qualquer derrota.
O ex-benfiquista Ángel Di Maria, ‘capitão na ausência de Lionel Messi, adiantou os argentinos, com um colocado remate de fora da área, logo aos nove minutos, mas, aos 21, Ben Brereton empatou, com um vistoso cabeceamento, a sobrevoar ‘Dibu’ Martínez, após cruzamento de Marcelino Núñez.
Ainda na primeira parte, aos 34 minutos, a Argentina voltou ao comando, com uma recarga vitoriosa de Lautaro Martínez, na sequência de uma defesa para a frente de Claudio Bravo, que saiu de imediato lesionado, após remate de Rodrigo De Paul.
Com o benfiquista Otamendi - que viu o cartão amarelos aos 38 minutos - no centro da defesa, a Argentina raramente passou por sustos até ao final do encontro, apesar de o Chile ter tentado tudo para salvar, pelo menos, um ponto.
“Estou contente. Fizemos um bom jogo, em altitude, após uma viagem e muito tempo no aeroporto. Faltou-nos o melhor do mundo [Lionel Messi] e o treinador [Lionel Scaloni, ausente devido á covid-19], mas vencemos e esta vitória também é para eles. Estamos a crescer de jogo para jogo”, afirmou Di María.
A Argentina está invicta na fase de qualificação, somando agora nove vitórias e cinco empates, e segue também numa série de 27 jogos sem perder (17 triunfos e 10 igualdades), desde o desaire por 2-0 com o Brasil, em 02 de julho de 2019.
Se, por culpa dos campeões sul-americanos em título, o Chile falhou, o Uruguai, pelo contrário, relançou-se, ao vencer por 1-0 no Paraguai, que ficou bem mais longe do Qatar.
Um golo de Luis Suárez, aos 50 minutos, foi suficiente para a seleção ‘celeste’ somar o triunfo, no primeiro encontro sob o comando de Diego Alonso, sucessor do ‘eterno’ Óscar Tabárez, que liderava a seleção desde 2006.
A formação uruguaia, que acabou com uma série de cinco jogos sem ganhar, incluindo quatro desaires nos últimos quatro encontros, passou a somar 19 pontos, instalando-se, à condição no quarto lugar.
Por seu lado, o Paraguai somou mesmo o sexto encontro sem vencer (dois empates e quatro derrotas) e segue no nono e penúltimo lugar, cada vez mais longe da zona de apuramento – direto para os quatro primeiros, com o quinto a seguir para um ‘play-off’.
O benfiquista Darwin Núñez foi titular no conjunto uruguaio, sendo substituído aos 70 minutos por Edinson Cavani.
Antes, no primeiro encontro da ronda 15, o Equador empatou 1-1 na receção ao já apurado Brasil, e deu mais um passo rumo à qualificação para o Mundial2022.
Num jogo repleto de incidentes, incluindo duas expulsões do guarda-redes brasileiro Alisson e dois penáltis para os locais revertidos pelo VAR, a ‘canarinha’ marcou primeiro, logo aos seis minutos, por Casemiro, com os anfitriões a responderem aos 75, por Félix Torres.
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