Recuperado da lesão que o apoquentou nos últimos tempos, sofrida ao serviço do Inter Miami, Lionel Messi jogou na noite de terça-feira a sua primeira partida como titular em quase um mês. Alinhou de início no triunfo por 2-0 da Argentina no Peru, assinando os dois golos dos atuais campeões do mundo, e mostrou toda a sua classe.

Messi já tinha alinhado alguns minutos na passada sexta-feira, ao saltar do banco no decorrer da segunda parte na vitória da Argentina, por 1-0, sobre o Paraguai, e agora, no regresso à titularidade, precisou de apenas 32 minutos para, com um grande golo, na sequência de uma excelente jogada coletiva, abrir caminho à vitória da sua seleção.

Ainda na primeira parte, Messi viria a bisar, selando o triunfo com mais um belo remate de pé esquerdo, após nova grande jogada da Argentina.

Pelo meio, entre os dois golos, teve tempo para fazer 'isto' a um adversário, deixando-o literalmente estendido no relvado:

E, na segunda parte, Messi ainda viu - num momento insólito - um jovem adepto invadir o relvado para o abraçar, depois de esta - bem ao jeito do seu ídolo - fintar vários seguranças. O astro argentino abraçou o adepto e pareceu depois até tentar 'interceder' por este quando os seguranças, enfim, o retiraram de campo.

Com os seus dois golos, Messi isolou-se como o melhor marcador de sempre em jogos da qualificação sul-americana para campeonatos do mundo, com 31 golos, deixando para trás o uruguaio (e antigo colega no Barcelona) Luís Suárez.

Foi mais uma exibição verdadeiramente memorável para Messi, que depois de ver o 'rival' Cristiano Ronaldo bisar por Portugal, fez questão de também ele bisar pelo seu país, numa noite em que os seus dados estatísticos impressionaram: 81% de eficácia de passe, mais uma oportunidade de golo criada, oito passes efetuados no último terço, quatro passes longos acertados e quatro duelos ganhos.

No final da partida, depois da grande exibição realizada por si e pela Argentina, Messi afirmou mesmo que esta seleção não está longe da qualidade apresentada pelo Barcelona dos tempos de Pep Guardiola. "Esta equipa é impressionante e continua a crescer jogo após jogo. Cada vez joga melhor. Compará-la com a melhor equipa da história do Barcelona...É muito, não? Mas creio que esta equipa está muito perto, pelo que demonstrou e por ter sido campeã da América do Sul e do Mundo. Temos grandes jogadores e, jogue quem jogar, não se nota a diferença", referiu.