O ex-futebolista internacional brasileiro Cafu lamentou hoje que Portugal ou Itália, possíveis adversários nos ‘play-offs’ europeus de acesso ao Mundial2022, falhem a presença no Qatar, entre 21 de novembro a 18 de dezembro.
“É difícil até falar entre Portugal e Itália qual ficará de fora, porque são duas seleções que queríamos ver no Campeonato do Mundo, no qual estão os melhores. O destino fez com que ambas se defrontassem antes da fase final. Não consigo distinguir qual é a melhor equipa ou quem irá ao Mundial. Queria que as duas estivessem presentes, mas uma vai ter de ficar de fora”, considerou o ex-defesa, de 51 anos, em entrevista à agência Lusa.
Portugal e Turquia defrontam-se hoje, a partir das 19:45, no Estádio do Dragão, no Porto, em encontro das meias-finais do caminho C dos ‘play-offs’ da zona europeia de acesso à fase final do campeonato do Mundo de 2022, com arbitragem do alemão Daniel Siebert.
O vencedor deste duelo vai receber na terça-feira, no mesmo palco, a campeã europeia Itália ou a Macedónia do Norte, que também medem forças à mesma hora, em Palermo.
“Portugal corre o mesmo risco do que a Itália. Será 50/50 para os dois e um confronto atípico, caso se venham a defrontar na última eliminatória. São seleções acostumadas a jogar o Campeonato do Mundo. Se a Itália já venceu algumas vezes [1934, 1938, 1982 e 2006], Portugal procura o seu espaço”, agregou Cafu, membro da Academia Laureus.
A equipa das ‘quinas’ almeja a oitava presença em Mundiais, e quinta consecutiva, após 1966, 1986, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, enquanto a ‘squadra azzurra’, que também foi finalista vencida em 1970 e 1994, tenta evitar uma inédita segunda ausência seguida, depois de ter ficado afastada de três fases finais (1930, 1958 e 2018), em 21 possíveis.
Com vaga garantida já estão 17 seleções, incluindo o Brasil, totalista em participações - vai para a 22.ª -, e hegemónico em títulos mundiais, com cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002).
Marcos Evangelista de Morais, conhecido no mundo do futebol por Cafu, é recordista de internacionalizações pela seleção do Brasil, ao serviço da qual fez 142 partidas e cinco golos, bem como o único jogador a disputar três finais de Mundiais (1994, 1998 e 2002).
O ex-defesa, que brilhou no São Paulo (1990-1994) e nos italianos da Roma (1997-2003) e do AC Milan (2003-2008), começou por ser suplente utilizado na vitória do Brasil ante a Itália (3-2 nos penáltis, após 0-0 nos 120 minutos), em 1994, nos Estados Unidos.
Quatro anos depois, em Saint-Denis, nos arredores de Paris, Cafu já foi titular na derrota com a anfitriã França (0-3), que adiou o ‘sonho’ do pentacampeonato mundial para 2002, num torneio ocorrido entre Coreia do Sul e Japão, onde um ‘bis’ de Ronaldo à Alemanha (2-0) permitiu ao histórico lateral direito, então ‘capitão’ da ‘canarinha’, erguer o cetro.
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