Portugal entrou esta sexta-feira a ganhar no Mundial de sub-20, com um triunfo sobre a Nigéria, por 3-2, em jogo a contar para o grupo B. A vitória da seleção comandada por Edgar Borges podia ter sido bem mais tranquila, caso tivesse apresentado uma organização mais eficaz e uma atitude agressiva.

Com efeito, os jovens portugueses confirmaram o seu favoritismo, mas expuseram-se em demasia aos sustos provocados pelos voluntariosos nigerianos.

Sob o olhar do presidente da FIFA, Sepp Blatter, Portugal não entrou bem no jogo, ao conceder o domínio e a iniciativa de jogo ao adversário. Só após os primeiros 10 minutos, em que a equipa das quinas esteve a "ver jogar", é que Portugal começou a equilibrar e Bruma, aos 15', deixou o primeiro aviso, com um remate a passar perto da barra.

Porém, essa reação rapidamente seria anulada pela Nigéria, que voltou a subir de rendimento. E seria com a seleção africana "por cima" do jogo que Portugal iria marcar. Em quatro minutos, Bruma (30') e Aladje (34') lançaram Portugal para o que se afigurava como um triunfo tranquilo. Um resultado que não deixava de ser injusto para a Nigéria, que obrigaria o guardião português José Sá a mostrar toda a sua qualidade.

No segundo tempo, a letargia propagou-se por toda a equipa portuguesa e os nigerianos partiram em busca de um resultado que lhes fizesse justiça. Assim foi, com os dois golos (57' e 67') de Ajagun no espaço de 10 minutos. Era inevitável, face à falta de agressividade e solidez da seleção de Edgar Borges.

No entanto, o ataque voltou a disfarçar as carências defensivas e Bruma, aos 69', deixou a Nigéria KO com o seu 'bis' e o 3-2 que anulou a reação africana. O golo serenou os portugueses, que assumiram uma postura mais madura e conseguiram controlar a partida até ao apito final.

Portugal junta-se assim à Coreia do Sul na liderança do grupo B, ambos com três pontos, enquanto Cuba e Nigéria seguem a zeros.