Alemanha (1-0 à França) e Brasil (2-1 à Colômbia) reforçaram hoje o estatuto de seleções com mais presenças nos quatro melhores do Mundial de futebol e vão reeditar na terça-feira, nas meias-finais, a final de 2002.
Os centrais foram as figuras do dia, com Mats Hummels a marcar o golo dos germânicos e Thiago Silva, que viu um amarelo e vai falhar as “meias”, e David Luiz, num portentoso livre direto, a faturarem para os “canarinhos”.
Há 12 anos, em Yokohama, no Japão, os “canarinhos” venceram por 2-0, graças a dois golos de Ronaldo, o “Fenómeno”, e, desta vez, vão ter a seu favor o “fator casa”, nada que impressione, por certo, o conjunto germânico.
Caso a Alemanha chegue à final, pode haver repetição, se defrontar Holanda (2-1 em 1974) ou Argentina (2-3 em 1986 e 1-0 em 1990), o que não sucederá se for o Brasil: será inédita com holandeses, argentinos, belgas ou costa-riquenhos.
A Alemanha está pela 13.ª vez, em 18 presenças, nos quatro melhores e pela quarta consecutiva, sendo que caiu na final em 2002 e nas “meias” em 2006 e 2010. O objetivo é o quarto título, depois dos conquistados em 1954, 1974 e 1990.
Por seu lado, o totalista Brasil está no “top 4” pela 11.ª vez, sendo que cinco foram “transformadas” em título (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). O sonho é o “hexa”.
No primeiro jogo dos quartos de final, a Alemanha foi muito superior à França, vencendo graças a um tento do regressado central Mats Hummels, ainda no primeiro quarto de hora, que não traduz, por inteiro, o domínio dos germânicos.
O “onze” de Joachim Löw dominou o encontro do Maracaña de início ao fim e pareceu sempre mais perto de chegar ao 2-0 do que de sofrer o 1-1, resguardado pela imensa categoria do guarda-redes Manuel Neuer e a “omnipresença” de Hummels.
A Alemanha marcou cedo e depois controlou com mestria a vantagem, sendo que, quando a França arriscou, construiu várias ocasiões para acabar com o jogo. Também passou por alguns sustos, mas Neuer e Hummels tudo resolveram.
Os germânicos repetiram, assim, os triunfos sobre os gauleses nas meias-finais das edições de 1982 (5-4 nas grandes penalidades, após 3-3 nos 120 minutos) e 1986 (2-0), depois do desaire por 6-3 no embate que atribuiu o bronze em 1958.
Por seu lado, a França dificilmente poderia ter feito melhor face aos alemães: ficou no “seu” lugar, depois de quatro edições a variar entre o “8 e o 80” (campeã em 1998, 28.ª em 2002, “vice” em 2006 e 29.ª em 2010).
No segundo jogo dos “quartos”, o Brasil adiantou-se num dos primeiros ataques, com Thiago Silva a marcar aos sete minutos, ao encostar ao segundo posto, com o joelho, depois de um canto marcado na esquerda por Neymar.
Aos 69 minutos, e com a Colômbia incapaz de reagir, David Luiz marcou um golo “enorme” de livre direto e o encontro parecia, em definitivo, decidido.
Uma grande penalidade marcada por James Rodriguez, que apontou o seu sexto tento na prova - proeza que ninguém conseguia desde o brasileiro Ronaldo, em 2002 -, aos 80 minutos, ainda deu emoção ao jogo, mas o Brasil segurou o 2-1.
À quinta presença, a Colômbia despede-se, mas com a melhor prestação de sempre, já que só por uma vez tinha chegado aos oitavos de final (1-2 após prolongamento, com os Camarões).
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