Os “Leões Indomáveis” dos Camarões, com a estrela do Inter de Milão Samuel Eto’o, lançam o primeiro “rugido” no Mundial da África do Sul na segunda-feira frente ao Japão, num jogo arbitrado pelo português Olegário Benquerença.
A equipa dirigida pelo francês Paul Le Guen manifesta uma excessiva dependência de Samuel Eto’o, que não atravessa um bom momento, pelo que tudo poderá acontecer à selecção que causou sensação no Mundial Itália1990 ao chegar aos quartos de final.
Os Camarões continuam, porém, à procura de confiança, depois de duas derrotas em jogos particulares, por 3-1 com Portugal e 4-3 com a Sérvia, resultados só compensados com o empate 1-1 com a Eslováquia.
Durante a preparação para o Mundial, Eto’o não reagiu bem às críticas do lendário Roger Milla - que acusou o melhor marcador dos Camarões, com 42 golos, de “não jogar pela selecção como faz nos clubes que representa” – e ameaçou abandonar o estágio.
Mas Paul Le Guen conta com o jogador: “Ele é o meu capitão, um grande jogador, um dos melhores do Mundo e ele quer fazer o melhor”, disse, acrescentando que Eto’o está apto e pronto para lutar pelos Camarões no Mundial.
A estatística favorece os “Leões Indomáveis”, pois nunca perderam o primeiro jogo nos cinco Mundiais em que participaram: empataram quatro e em Itália1990 obtiveram uma prestigiante vitória sobre a então campeã em título Argentina, por 1-0.
O Japão, no seu quarto Mundial consecutivo, parece estar em pior forma que nas edições anteriores. Perdeu os quatro jogos de preparação que disputou com as selecções que também participam no evento: Sérvia, Coreia do Sul, Inglaterra e Costa do Marfim.
Experiência, capacidade de luta, futebol de contacto e entusiasmo incansável são as armas dos “samurais”, mas goras os japoneses têm também inspiração no exemplo dos sul-coreanos, que no sábado venceram a Grécia, por 2-0.
“Eu disse aos meus jogadores que devem fazer como a Coreia. Chegou a nossa vez”, afirmou o seleccionador do Japão, Takeshi Okada.
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