Carlos Queiroz concedeu uma entrevista ao jornal Público onde comentou, sobretudo, o duelo da última segunda-feira entre Portugal e Irão (1-1).
O treinador português começou por lamentar as críticas que colocaram em causa o seu patriotismo no final da partida com a equipa das quinas.
"A típica imprensa portuguesa desde 2010 cada vez que se cruza comigo insinua que eu sou menos português do que os outros. Ao contrário de alguns dos comentaristas que me criticaram depois da partida, eu não devo nada a ninguém. Nunca pedi dinheiro a presidentes dos clubes para pagar as minhas contas (...) Mas estou habituado a ser este homem que vive contra uma parte da nação e tem uma parte da nação contra si. É um estigma quase político que existe desde a África do Sul. Quando estou no banco defendo os interesses da minha equipa e quando algo está errado digo. Não se pode ser português e honesto?", questionou.
Queiroz criticou ainda a forma como o vídeoárbitro está a ser usado no Mundial, nomeadamente no lance com Cristiano Ronaldo.
"Estes árbitros que vêm da Ásia ou de África não estão familiarizados com o VAR e não assumem o que é o seu papel fundamental, que é ter a responsabilidade durante a partida. Estão a fazer como Pilatos, a recorrer a este sistema para lavar as mãos da sua responsabilidade. O VAR não foi criado para provocar mais problemas, mas para os resolver ou diminuir o erro humano e proteger a credibilidade do jogo. É claro e óbvio que o árbitro depois de ter sido pressionado pela equipa portuguesa não teve coragem", disse.
Carlos Queiroz revelou também o que disse ao ouvido de João Moutinho quando o médio se preparava para entrar e render João Mário: "É muito simples, disse o seguinte: ‘João ajuda-me a acalmar aquela malta lá dentro. Os meus jogadores não têm muita experiência, ajuda todos a terem calma’".
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