O técnico italiano de futebol Marcello Lippi enfrenta hoje o seu maior desafio como selecionador da China, precisando de uma vitória contra a Coreia do Sul para manter viva a esperança de qualificação para o Mundial 2018.
A única participação da China num Campeonato do Mundo foi em 2002, quando perdeu os três jogos que disputou e não marcou um único golo.
Na zona asiática de qualificação para o Mundial que se disputará na Rússia, a China ocupa o último lugar do grupo A, com apenas dois pontos, ao fim de cinco jogos.
Lippi foi campeão do Mundo com a Itália, em 2006, e assumiu o comando técnico da seleção chinesa em outubro passado, quando a equipa estava já no último lugar do grupo.
O italiano precisa de golos de um conjunto que não marcou uma única vez nas últimas quatro partidas.
"Sabemos que o jogo vai ser difícil e esperamos que os adeptos nos apoiem. Estamos a trabalhar no duro para enfrentar a Coreia do Sul", afirmou Lippi em conferência de imprensa.
Em caso de derrota, a China fica matematicamente afastada dos dois primeiros lugares do grupo, que dão acesso direto ao Mundial.
Entre 2012 e 2014, Lippi liderou a equipa chinesa Guangzhou Evergrande na conquista de três edições da superliga chinesa e uma Liga dos Campeões da Ásia.
O treinador italiano chamou sete jogadores da antiga equipa à seleção.
"Lippi disse-nos que ainda há esperança", afirmou o médio do Guangzhou Huang Bowen.
Uma vitória da Coreia do Sul, que ocupa o segundo lugar do grupo, com menos um ponto do que o líder Irão, será importante para a equipa garantir a sua nona qualificação consecutiva para o Campeonato do Mundo.
Em 31 jogos disputados entre as duas seleções, a China ganhou apenas por uma vez.
O jogo decorre numa altura de crescente tensão entre as duas nações vizinhas, devido à decisão da Coreia do Sul de instalar no seu território um sistema antimísseis norte-americano, que Pequim considera ameaçar os seus interesses.
"A partida contra a China será provavelmente a segunda com mais pressão na fase de qualificação, a seguir ao jogo contra o Irão", considerou o selecionador da Coreia do Sul, Uli Stielike.
"Vou tentar garantir que os nossos jogadores não são influenciados pela atmosfera no estádio ou outros fatores extrafutebol", disse.
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