A história do jogo mais parece um conto. Um conto bem curto. Os marfinenses mostraram um futebol pouco organizado, com muitos passes falhados, fio de jogo inexistente. Criatividade também não faz parte da sua forma de jogar. E a maioria dos seus jogadores actua nos grandes da Europa.
Ambas as selecções estão no Mundial e a Costa do Marfim está na rota portuguesa. No entanto, as duas selecções chegaram mais cedo que as restantes à África do Sul, estando em Londres. Passo a explicar. O estádio do Queen’s Park Rangers fica situado… na South Africa Road.
Sem treinador por enquanto - deverá ser apresentado em dez dias-, a Costa do Marfim mostrou-se pouco organizada. Os coreanos, por outro lado, fizeram aposta na sua velocidade, com uma equipa organizada e bem na defesa. Por alguma razão é a selecção asiática com mais presenças em campeonatos do Mundo.
A bem da verdade, um jogador não faz uma equipa e Drogba foi uma sombra do jogador que é no Chelsea. A Costa do Marfim tem nos remates de longe um dos seus trunfos. Não acertaram na baliza, é certo, mas devido ao poderio físico, esta é uma das armas marfinenses a ter em conta no Mundial. E Drogba mostrou-o bem, num “tiro” a 30 metros da baliza, para Lee Woon-Jae defender como pode, já na segunda parte.
A Coreia do Sul acabou por ser mais feliz logo no inicio do jogo, ao aproveitar bem a cobrança de um livre directo. Com a defesa marfinense a ver jogar, Dong-cook não perdoou e fez o primeiro, aos dois minutos de jogo.
A Coreia do Sul, sem apresentar um futebol de alto nível superiorizou-se à selecção africana, sem grandes problemas. Velozes, sólidos no meio-campo e na defesa, foram apostando na rapidez pelos corredores laterais.
Park Ji Sung teve grande oportunidade, com um remate cruzado a passar muito perto da baliza marfinense.
Zoro, jogador do Vitória de Setúbal, teve a sua oportunidade, ao entrar já perto do final do encontro.
Já no final do jogo, tal como no primeiro golo, um livre directo para a cabeça de KwakTae-hwi e o sul-coreano a fazer o 2-0 final.
A Costa do Marfim terá de apresentar mais futebol se quiser ser a selecção surpresa deste Mundial. Portugal, se souber aproveitar, tem o jogo ganho.
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