Os futebolistas togoleses Alayxis Romao e Jonathan Ayité, temendo pela sua segurança, recusaram-se a jogar contra a Líbia, na sexta-feira, em Tripoli, em partida de qualificação para o Mundial2014, disse a federação do Togo à AFP.

«Alayxis Romao [médio do Marselha] e Jonathan Ayité [avançado do Brest] não disputarão o jogo contra a Líbia. Eles regressaram a França alegando razões de segurança», afirmou o diretor de comunicação da Federação Togolesa de Futebol (FTF).

Após a queda do regime de Mouammar Kadhafi em 2011, o novo poder líbio não conseguiu desarmar grupos de ex-rebeldes que controlam diversos pontos do país. A cidade de Benghazi, de onde partiu a revolta, tem sido palco de diversos ataques a interesses ocidentais e de assassinatos de responsáveis da segurança. Em maio, a explosão de um carro fez três mortos e 14 feridos.

Inicialmente, Benghazi deveria acolher o jogo Líbia-Togo, mas a FIFA ordenou a sua mudança para Tripoli a pedido da FTF, que queria que o encontro fosse disputado noutro país.

A 08 de janeiro de 2010, em Angola, o autocarro da delegação do Togo na Taça das Nações Africanas (CAN) foi alvo de um ataque de separatistas em Cabinda, do qual resultaram dois mortos.

A Líbia concedeu um empate 0-0 à RD Congo a 07 de junho, em Tripoli, naquele que foi o seu primeiro jogo em casa depois do arranque da revolução, em fevereiro de 2011.