O empresário Ricardo Diniz vai sozinho à vela para o Brasil para prestar homenagem à seleção portuguesa de futebol, numa iniciativa que terá como padrinho o ex-internacional Luís Figo.
O anúncio foi feito hoje no âmbito da BTL-Turismo 2014, em Lisboa, por Ricardo Diniz, de 37 anos, que pretende prestar "um tributo à selecção nacional", por ter garantido a presença no Mundial2014 do Brasil, que começa a 12 de junho, depois de o ter já feito antes do Europeu da Polónia e Ucrãnia.
A partida de Lisboa com destino a Salvador da Bahia está agendada para o final de abril, com escalas previstas na Madeira e em Cabo Verde. No total, a viagem deverá durar cerca de 45 dias, durante os quais Ricardo Diniz estará sempre sozinho a bordo.
O empresário Ricardo Diniz parte para o Brasil num veleiro de 22 metros, sozinho, para cumprir uma promessa feita ao minuto 72 da partida que deu a Portugal o "passaporte" para o Mundial2014.
Ricardo Diniz sentiu "um alinhamento" no encontro Suécia-Portugal, disputado em Estocolmo, quando Zlatan Ibrahimovic fez o 2-1 para a equipa nórdica e ameaçou o apuramento da seleção lusa para a sua sexta fase final da competição máxima do futebol.
"De repente, a ver o jogo que todos nós vimos, quando o outro senhor cujo nome não sei pronunciar, porque não sou muito do futebol, marcou golo, naquele momento em que Portugal está a perder 2-1, eu disse assim: `Meu Deus, nós não podemos ficar fora do Mundial. Nós temos que conseguir. Se ganharmos isto, eu vou à vela sozinho para o Brasil", contou o empresário, em declarações à Agência Lusa, fazendo questão de mencionar que não é um velejador.
Mas, porque anda "nisto há 17 anos", no lançamento de projetos de cariz empresarial que pretendem mostrar a ligação de Portugal ao mar, decidiu avançar e responder a "um forte chamamento em relação ao Brasil", que começou bem antes do Portugal-Suécia, "há alguns meses atrás" e é para continuar a "aproveitar esta embaixada flutuante de portugalidade".
"Vou sozinho à vela entre Portugal e o Brasil para reforçar esse espírito positivo de termos conseguido qualificar Portugal para o Mundial. O meu objetivo é prestar uma homenagem ao povo português, que muito reclama, muito mal diz, mas, quando é mesmo preciso, consegue ser um povo unido e acreditar. Era importante manter-se este estado de espírito quando as coisas não correm bem", acentuou.
Havia "várias possibilidades" para concretizar o projeto - os Estados Unidos, os PALOP, os Açores ou a Madeira -, mas Cristiano Ronaldo intrometeu-se, marcou três golos e colocou Portugal no Mundial do Brasil, obrigando Ricardo Diniz a mudar o alinhamento da sua expedição.
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