O seleccionador da Costa do Marfim, o sueco Sven-Goran Eriksson, considerou hoje que a sua equipa e a selecção portuguesa tiveram medo de perder o primeiro encontro do Grupo G do Mundial2010 de futebol.

“Foi um jogo muito táctico, com poucas ocasiões. Portugal e nós não queríamos perder o jogo. Acho que tivemos mais ocasiões que Portugal. Mas estou muito contente com a disciplina e a organização da minha equipa”, disse.

O treinador sueco reconheceu que montou uma estrutura menos ofensiva para o jogo com Portugal, que terminou empatado a zero, em Port Elizabeth.

“Se começarmos a atacar freneticamente contra equipas como Portugal, jogadores como Ronaldo, Danny, Liedson matam-nos. Sabíamos disso. Nenhuma das duas equipas queria perder. Mas muitas vezes houve bom futebol”, disse.

Eriksson confessou que ficou “muito orgulhoso” com a sua equipa, destacando o regresso do avançado Didier Drogba à equipa.

“Ontem (domingo), ao jantar, falei com o Drogba. Ele disse-me que preferia começar no banco, mas que estaria disposto a jogar se eu quisesse. Nem eu, nem os médicos, fizemos pressão. Ele quis jogar”, garantiu.

No domingo, o seleccionador português, Carlos Queiroz, disse que a luta no Grupo G seria entre três selecções para dois lugares – Portugal, Brasil e Costa do Marfim.

“No papel, concordo com Queiroz. Mas tenham atenção à Coreia do Norte. A Coreia do Sul jogou bem e a Coreia do Norte conseguiu dois empates. O último jogo vai ser importante”, referiu.

Eriksson deixou ainda críticas à bola Jabulani e disse compreender os guarda-redes, mas considerou que “agora é tarde” para discutir esse assunto.

Sobre as vuvuzelas, o sueco disse “é difícil comunicar” e que tem de chamar os jogadores mais perto para falar com eles, mas disse que as cornetas são “folclore, festa”.

“Se calhar é mais importante para o futebol, do que o treinador fazer chegar a sua mensagem mais perto”, disse.