![Financial Times elogia Mundial do Brasil](/assets/img/blank.png)
O Financial Times elogiou este domingo o Mundial do Brasil, numa crónica cujo título é "Por que o Brasil já ganhou".
Na crónica do jornalista Simon Kuper, que já acompanhou sete Campeonatos do Mundo de futebol, pode ler-se que "este é um Mundial onde não há medo", ao contrário do que se temia inicialmente, devido aos indíces elevados de criminalidade no país e das manifestações contra a organização da prova.
"Outro prazer: este é um Mundial onde não há medo. Os primeiros torneios a que assisti aconteceram sob um medo obsessivo de adeptos arruaceiros. (...) Os Mundiais posteriores ao 11 de setembro viveram à sombra de um medo excessivo de terroristas. A de 2010 foi maculada pelo medo excessivo quanto ao crime na África do Sul", pode ler-se no texto, que acrescenta. "(...) O índice de homicídios é alto no Brasil, ainda que a coisa mais arriscada que se possa fazer no país provavelmente seja conduzir. Mas as coisas parecem mais seguras nas áreas turísticas, que vivem cheias de policiais. De noite, São Paulo e o Rio estão repletas de pessoas, enquanto Joanesburgo praticamente fecha. Não sei se isso acontece porque o Rio e São Paulo são mais seguras, mas de qualquer maneira é agradável".
Para Kuper, que em nenhum momento fala da organização da prova, mas sim do país, afirmou que acredita que o sucesso deste Mundial tem a ver exatamente com isso: o país onde está a decorrer.
"Quando se passa a primeira tarde de folga em 20 dias a caminhar por Copacabana, percebe-se que uma praia de primeira linha deveria ser o elemento compulsório em todas os futuros Mundiais, da mesma forma que estádios de primeira linha", afirmou, esperando que "se possa engarrafar o sentimento brasileiro e reutilizá-lo na Rússia2018 e no Qatar2022".
O Mundial de futebol termina no domingo, com a final a ter lugar no Maracanã, no Rio de Janeiro.
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