O médio suíço Gelson Fernandes, antigo futebolista do Sporting, prepara-se para o seu segundo Mundial com um feito único no currículo: é o autor do golo que ditou a última derrota da Espanha em fases finais.

A 16 de junho de 2010, em Durban, na África do Sul, Gelson Fernandes, que jogou no Sporting em 2012/13, protagonizou uma das primeiras surpresas do Mundial2010, apontando, aos 52 minutos, o golo que ditou a derrota da Espanha, atual bicampeã europeia e Mundial.

Em 2010, a Suíça ficou pela fase de grupos, enquanto a Espanha chegou ao título mundial, seguindo-se, dois anos mais tarde, a conquista do segundo título europeu, novamente sem derrotas.

“Fizemos tremer a Espanha, estivemos muito fortes coletivamente e tínhamos um guarda-redes muito bom”, disse Gelson em entrevista à agência noticiosa AFP.

O médio, de 27 anos, referia-se ao guardião Diego Benaglio, também convocado para o Mundial2014, que durante três épocas defendeu a baliza do Nacional da Madeira.

O golo apontado à Espanha, que Gelson Fernandes descreveu como a “melhor seleção de todos os tempos”, foi aliás o único que a Suíça marcou no Mundial da África do Sul, onde perdeu com Chile (1-0) e empatou com as Honduras (0-0).

No ano em que marcou o golo que o tempo fez entrar para a história, Gelson Fernandes alinhava nos franceses do Saint-Étienne, tendo passado depois pelo Chievo, pelo Leicester e pela Udiense, antes de chegar ao Sporting.

Ao serviço dos “leões” disputou apenas 12 jogos, tendo depois sido emprestado ao Sion e posteriormente vendido aos alemães do Friburgo, onde joga atualmente.

Nascido em Cabo Verde, Gelson Fernandes apontou dois golos nos 46 disputados com a camisola da seleção suíça. O menos famoso foi marcado em 2009 frente à Moldávia no apuramento para o Mundial, no qual viria a apontar o que ficou na história.

O médio, que foi utilizado em quatro dos 10 jogos de apuramento para o Mundial2014, antevê vida difícil no Brasil, sobretudo a 20 de junho, quando a Suíça defrontar a França no segundo jogo do Grupo E.

No entanto, Gelson Fernandes admite que o jogo de estreia, a 15 contra o Equador “é a primeira de três finais”, a última da primeira fase é jogada a 25 frente às Honduras.